Três moradores desta república estudantil pretendiam conhecer as soluções para o seu problema.
Alguns dias depois de terem dado a conhecer os problemas do imóvel da rua de Matemática, três moradores da República dos Inkas marcam presença na reunião do executivo municipal desta segunda-feira
PUBLICIDADE
Apesar de não estarem inscritos para intervir no período reservado ao público, o que não permitiu fazer uma intervenção em plena sala de sessões, os jovens repúblicos pretendem conhecer que hipóteses têm para ajudar os problemas detetados no imóvel e que passam por “partes do teto que já não existem” e janelas com “vidros partidos, infiltrações e buracos a céu aberto”.
Presentes na sala de sessões, os moradores tiveram oportunidade de ouvir o vereador da CDU, Francisco Queirós, interpelar o executivo sobre a notícia de risco de desmoronamento do edifício da República dos Inkas.
“Fundada em 1954, é parte integrante do património desta cidade. É uma das 24 Repúblicas ainda existentes em Coimbra, ainda sediada na mesma casa onde foi fundada, na rua da Matemática”. lembrou o autarca, que aproveitou para lembrar as recentes notícias de “desabamento de parte do telhado e, em consequência, do tecto do piso superior da República dos Inkas”.
“De acordo com nota difundida pelos estudantes “a nossa própria sobrevivência, enquanto instituição e como património, está seriamente posta em causa”. Os estudantes receiam o pior, designadamente, no inverno. A estrutura do edifício encontra-se, referem, “extremamente fragilizada, correndo um risco iminente de desabar”, já este ano, com a próxima época de chuvas.
Os residentes apontam o dedo à “inação do nosso atual senhorio, que não se encontra disponível para assumir a sua responsabilidade, pondo em risco não só a segurança dos habitantes da República, mas também a integridade e segurança da vizinhança”.
Os estudantes lembram que ao longo de mais de 70 anos, as várias gerações de residentes estiveram “ativamente envolvidas em momentos cruciais da história da cidade e do país, desde a demolição da Velha Alta de Coimbra e o fim do fascismo salazarista, até à crise académica de 1969”. Recordam ainda que são Entidade de Interesse Histórico e Cultural e Social Local da Câmara Municipal de Coimbra”, referiu.
Do lado do executivo, a resposta foi dada pelo vereador Carlos Lopes. No seu entender, os repúblicos “não solicitaram qualquer apoio financeiro no âmbito do Regulamento de apoio às Repúblicas, em vigor, nem têm participado nos Conselhos Municipais”.
“Em relação ao imóvel é de um privado não sendo possível aferir se há por parte dos Inkas intenção de compra. Não havendo também estão impedidos de se candidatar a esse regulamento”, frisou, garantindo que irá solicitar junto dos serviços municipais – pelouro da vereadora Ana Bastos – uma vistoria ao imóvel.
PUBLICIDADE