Política

Iniciativa Liberal: Rui Rocha quer António Costa irritado com os liberais

Notícias de Coimbra com Lusa | 1 ano atrás em 15-01-2023

 O candidato à liderança liberal Rui Rocha não vê “um Governo nesta altura”, mas “gente a tratar da sua vida” no PS e quer que António Costa continue “muito irritado” com a IL, acusando o PSD de “falta de comparência”.

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Em entrevista à agência Lusa, o deputado e dirigente Rui Rocha – que disputa no próximo fim de semana a presidência da IL com Carla Castro e José Cardoso – é muito crítico do PS e de António Costa, acusa o PSD de “falta de comparência” na oposição e, sem querer “entrar em nenhum tipo de guerrilha institucional”, reitera as críticas deixadas na moção à intervenção do Presidente da República.

Para o candidato a líder liberal, é preciso “um partido forte, robusto e ágil para fazer o combate político” porque aquilo que “de facto irrita o primeiro-ministro, António Costa”, são as ideias, as propostas e “capacidade de desafiar e de fazer oposição inteligente” da IL.

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“Nós queremos liderar a oposição, queremos que António Costa continue a estar muito irritado com a Iniciativa Liberal, afirma, considerando, no entanto, que a forma com que o primeiro-ministro se refere aos liberais contribui “para degradar o debate político” e “não são expressões adequadas” de um chefe de executivo.

Considerando que a IL “é a única força política neste momento que apresenta, de facto, uma proposta de sociedade e de economia completamente diferente”, Rui Rocha não consegue ver estratégia subjacente “a um Governo em implosão”.

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“Vejo uma tentativa de ir gerindo como se pode, gerindo as crises internas. Na verdade, já não vejo propriamente um Governo nesta altura”, atira.

À pergunta sobre o que é que vê então, o liberal é perentório: “Vejo sobretudo gente a tratar da sua vida. Vejo as lutas internas do PS, as agendas internas do PS a sobreporem-se a qualquer visão para o país e qualquer capacidade de governação”.

Para Rui Rocha, a IL lidera a oposição, desde logo por “falta de comparência” do PSD, que “já assumiu que durante o ano 2023 está com falta de comparência na oposição” e que se vai “preparar para 2024”.

“O que eu espero é que o PSD esteja, em algum momento, também em condições de fazer o seu trabalho de casa como a Iniciativa Liberal fará seguramente”, desafia, assegurando que a IL continuará o seu caminho sem olhar para “o lado nem para trás”.

Questionado sobre as críticas deixadas na moção de estratégia a Marcelo Rebelo de Sousa – é “conivente com a degradação das instituições democráticas” – o candidato a presidente da IL deixa claro que não quer “entrar em nenhum tipo de guerrilha institucional” com a Presidência da República.

Apesar de parecer que “há agora uma evolução da posição”, para Rui Rocha, o Presidente da República teve ao longo dos anos “uma intervenção no debate político que não ajudou a credibilizar as instituições” porque “interveio em alturas em que eventualmente não devia” e se pronunciou sobre temas que valorizam “pouco a própria função presidencial”.

“E, por outro lado, em algumas circunstâncias, talvez devesse ter, não publicamente, não estou a falar de intervenções públicas, mas com o seu magistério de influência, deveria ter traçado algumas linhas ao primeiro-ministro que não deveriam ter sido ultrapassadas”, critica.

Sendo o chefe de Estado “um ator muito importante no cenário político”, Rui Rocha entende que “deveria ser claro na moção de estratégia” porque é importante que “os membros conheçam a visão do candidato a presidente do partido relativamente não só a parte interna, mas também a tudo aquilo que é o cenário político”.

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