Política

Iniciativa Liberal: José Cardoso quer alcançar “ terceiro grande partido” e critica foco no PS

Notícias de Coimbra com Lusa | 1 ano atrás em 16-01-2023

O candidato à liderança José Cardoso tem como objetivo fazer da IL o “terceiro grande partido português” e considera que os liberais estiveram longe de “construir o projeto político” como deveriam, criticando uma demasiada concentração no PS.

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Longe dos holofotes mediáticos ou do palco parlamentar, o conselheiro nacional José Cardoso foi o terceiro e último a apresentar candidatura à liderança da IL e vai disputar estas eleições internas antecipadas com os deputados e dirigentes Rui Rocha e Carla Castro na convenção eletiva do próximo fim de semana, em Lisboa.

“Eu entro para isto porque eu entrei para a Iniciativa Liberal na expectativa de construirmos um terceiro grande partido português e quando digo terceiro não é na ordem, não é na percentagem, não é no ‘ranking’, é um terceiro na afirmação”, sublinha, em entrevista à agência Lusa.

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Defendendo que só se estando no Governo é que se muda a “mentalidade que se arrasta e que empobrece” Portugal, o candidato lamenta que o partido se mantenha muito limitado à economia e a mais “meia dúzia” de temas, porque o liberalismo é “muito mais amplo do que isso”.

“A Iniciativa Liberal, nos últimos tempos, tem-se perdido muito em concentrar-se demasiado na crítica ao Partido Socialista, que nos dá razões todos os dias, mas um partido liberal tem que concentrar 90% da sua ação no cidadão”, critica.

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Não acreditando que as pessoas “vão votar em quem criticar melhor o PS”, mas sim em quem for “efetivamente a melhor alternativa”, José Cardoso refere que é precisamente a sua estratégia que o distingue dos seus opositores, que seguiram essa linha no último ano.

Sobre a saída de João Cotrim Figueiredo, que motivou precisamente estas eleições antecipadas, o conselheiro nacional critica a forma como foi feita e atira ao apoio imediato do ainda presidente a Rui Rocha.

“O desempenho de João Cotrim Figueiredo, enquanto foi deputado único, foi exatamente aquilo que o partido precisava. Precisava de uma pessoa que pela primeira vez dissesse à sociedade nós somos credíveis, que sabemos ter sentido de Estado, sabemos apresentar propostas”, elogia.

Apesar de Cotrim ter sido “a pessoa certa no lugar certo” como deputado único, José Cardoso critica que o partido se tenha mantido “demasiado longe da sociedade”, apesar de, tendo feito “um caminho muito mais parlamentar”, ter aumentado para oito deputados.

“Acontece que no último ano, claramente, devíamos ter virado para a construção do projeto político e aí sim, eu acho que estivemos longe do ideal. Este ano nós estivemos muito longe daquilo que o partido devia estar a fazer”, lamenta.

Na análise do candidato liberal, “o partido devia estar agora a construir o projeto político no seu todo e isso, até agora, a comissão executiva cessante não foi capaz de encaminhar nesse sentido”, sendo as propostas que apresenta na sua moção precisamente com esse objetivo ainda por alcançar.

“Isto tudo começa porque em 48 horas perdemos um presidente e ganhámos dois candidatos. Eu acho que foram eles que foram mais rápidos e precipitados do que propriamente eu. Poderia ter avançado um pouco mais cedo, mas eu estava num projeto ao Conselho Nacional e, portanto também quis abandoná-lo deixando tudo impecável”, explica, a propósito da sua candidatura.

A motivação surgiu porque os outros candidatos “não respondiam àquilo que têm sido as ideias” que José Cardoso tem defendido no Conselho Nacional ao longo dos últimos três anos, apontando que teve pessoas à sua volta que disseram que “iam votar em branco” porque não se identificavam com os nomes que estavam na corrida.

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