Um homem de 74 anos, residente no Algarve, foi internado no hospital após uma infeção no dedo do pé. Seis meses depois, a 5 de junho, acaba por morrer.
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“No Hospital de Portimão o médico disse logo que teria de ser amputado o dedo. Assim foi. Ele foi para Faro para fazerem a cirurgia”, conta a filha ao Correio da Manhã, garantindo que não estava preparada para o que vinha a seguir.
“Os velhos são tratados como descartáveis. Durante meses, o meu pai sofreu como não merecia. Sentiu que andava de um lado para o outro e que ninguém se importava com a sua sorte”, descreve.
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A filha recorda que após a amputação seguiram-se a alta e novos problemas. A infeção continuava a alastrar-se, o médico sugeriu a amputação da perna mas o hospital recusou num primeiro momento. “Preferiram fazer a colocação de veias artificiais, mas nesse mesmo dia disseram-lhe que tinha de amputar a perna. Ainda voltou a Portimão e só regressou a Faro no dia 3 de maio”, afirma.
Nessa altura, o doente preparava-se para a cirurgia. “Não havia salas disponíveis e teve de esperar até dia 17. Operaram-no e mandaram-no para Portimão. Sabiam que ele já não estava bem, que a infeção alastrara.”
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“Sinto-me muito revoltada por não o terem salvo”, conclui.
O jornal mandou um e-mail para o hospital para saber as causas da morte mas, até ontem à noite não responderam.
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