Saúde

Inédito em Portugal. Centro Cirúrgico de Coimbra faz cirurgia à anca por robótica

António Alves | 3 semanas atrás em 12-04-2024

Os cirurgiões ortopédicos Pedro Marques e António Figueiredo efetuaram a primeira cirurgia robotizada da anca em Portugal. A intervenção decorreu esta quinta-feira, 11 de abril, no Centro Cirúrgico de Coimbra.

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Depois do joelho, a equipa da Cirurgia Ortopédica do Centro Cirúrgico de Coimbra voltou a inovar. A partir de agora, já é possível efetuar uma cirurgia assistida por robótica à anca.

Em nota de imprensa, é dito que “os cirurgiões ortopédicos e os doentes depressa perceberam as mais-valias e a segurança que a cirurgia assistida por robótica trouxe para a ortopedia e, depois da primeira dezena de intervenções ao joelho, fizemos agora a primeira intervenção para substituição da articulação da anca”.

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Trata-se de uma intervenção “inédita” em Portugal, mas que permite efetuar “a substituição (total ou parcial) da articulação da anca ou do joelho (…) seja por desgaste das articulações, seja por fratura”.

Na prática, a utilização deste robô permite “simplificar” o trabalho no doente, já que permite “mais segurança, mas também uma adaptação “natural” ao material implantado”. “E isto acontece porque a tecnologia evoluiu e a precisão milimétrica deixou de ser uma equação”, precisam.

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O trabalho de preparação para esta intervenção começa “na consulta de preparação da cirurgia programada”. Após esta deslocação, o doente tem de fazer uma TAC “que vai guiar toda a atuação cirúrgica, ao permitir criar o modelo 3D da articulação que será substituída, das articulações adjacentes e de como se planeia intervir”.

“Toda a atuação será personalizada em função das centenas de imagens que são obtidas nessa TAC, um exame que permite diferentes achados e ver/registar informações que uma simples radiografia não alcança. As decisões para recuperar a tipologia biométrica que a pessoa tinha antes da doença são assim devidamente fundamentadas”, explica o Centro Cirúrgico de Coimbra.

A informação recolhida será, depois, gerida pelo médico ortopedista, que dessa forma ajustará o posicionamento e a atuação do braço robótico.

No caso da anca, as vantagens da assistência robótica incluem uma melhor função biomecânica, mas também menos erros de dismetria (perna mais curta), poupança de osso e menor taxa de luxação.

O estudo preparatório inclui, por outro lado, uma avaliação dinâmica da báscula da bacia, entre a posição de sentado e em pé. “Isto permite a antecipação do correto posicionamento dos componentes para cada doente, mas também a escolha do tipo de implante mais adequado”, referem.

Desta forma, fica garantido o reforço da segurança, redução do tempo de internamento e uma mais rápida recuperação.

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