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Indústria cerâmica aponta caminhos para neutralidade carbónica

Notícias de Coimbra com Lusa | 19 horas atrás em 29-05-2025

Caminhos que levem à redução das emissões de gases com efeito de estufa são propostos no Roteiro para a Neutralidade Carbónica da Indústria Cerâmica até 2050, que foi apresentado quinta-feira.

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O Roteiro para a Neutralidade Carbónica da Indústria Cerâmica foi dado a conhecer pelo Centro Tecnológico da Cerâmica e do Vidro (CTCV) e pela Associação Portuguesa das Indústrias de Cerâmica e de Cristalaria (Apicer), durante o evento final do projeto CeramicLowCO2.

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“Acreditamos que o roteiro apresentado hoje é o resultado de um esforço conjunto e multidisciplinar, do CTCV, da Apicer e de vários especialistas, e representa um compromisso real com a sustentabilidade e a competitividade da cerâmica portuguesa”, afirmou a responsável pela área de Inovação & Desenvolvimento do CTCV, Inês Rondão.

Segundo o CTCV, que tem sede em Coimbra, o roteiro é um documento estratégico que traça “um plano de ação claro para a descarbonização de um dos setores industriais mais relevantes e tradicionais da economia portuguesa”.

A modernização dos processos produtivos para que se consiga uma maior eficiência energética, a substituição progressiva dos combustíveis fósseis por gases renováveis, a eletrificação de equipamentos industriais e a integração de fontes de energia renovável encontram-se entre os principais eixos da estratégia.

“O roteiro promove ainda a valorização da biomassa, o ecodesign, a adoção de práticas de economia circular, a aplicação de tecnologias digitais, como gémeos digitais, inteligência artificial e análise de dados em tempo real, bem como a capacitação das pessoas como acelerador da descarbonização”, acrescentou.

Além de avançar caminhos, o documento integra uma análise de custos e benefícios das várias soluções propostas. Foram tidos em consideração fatores como “o preço da eletricidade renovável, a disponibilidade de tecnologias, o mercado de carbono e os incentivos previstos”.

São ainda apontados “os investimentos necessários para que as empresas do setor, maioritariamente pequenas e médias, possam implementar as medidas em tempo útil”.

O CTCV frisou que, “com forte orientação para os mercados externos, a indústria cerâmica nacional enfrenta o desafio de manter a sua relevância económica enquanto pretende reduzir drasticamente as suas emissões”.

“O roteiro agora divulgado pretende ser uma bússola para essa transição, apostando na inovação, na cooperação e na qualificação dos recursos humanos, como alicerces de um setor mais limpo, moderno e resiliente”, sublinhou.

O CTCV lembrou que a apresentação do roteiro, cujo painel reuniu mais de 25 especialistas nacionais e internacionais, marcou a conclusão de “um processo alargado de diagnóstico, consulta técnica e capacitação do setor”.

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