Justiça

“Indiferente, não o vi chorar”: O plano perturbador (e macabro) do filho para matar Susana Gravato

NOTÍCIAS DE COIMBRA | 3 horas atrás em 24-10-2025

Imagem: Facebook

Um menor ,de 14 anos, que nunca tinha sido diagnosticado com qualquer perturbação mental, foi internado num centro educativo do Porto após confessar ter assassinado a mãe, Susana Gravato, na vila de Vagos.

Durante as diligências e o interrogatório, as autoridades concluíram que o jovem apresenta transtorno obsessivo-compulsivo, o que pode ter influenciado o crime.

Segundo apurou o Jornal de Notícias, o rapaz planeou o homicídio com antecedência. Na manhã do crime, terça-feira, manteve a rotina normal, indo às aulas e almoçando com os pais num restaurante próximo da residência. Posteriormente, ficou sozinho com a mãe enquanto o pai foi para a drogaria da família.

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O menor aproveitou-se do conhecimento sobre as câmaras de videovigilância da casa para simular um assalto. Manipulou-as, entrou novamente na residência, pegou na pistola do pai e disparou dois tiros contra a mãe, um deles atingindo-a na nuca. A funcionária da Câmara de Vagos, que estava ao telefone com Susana Gravato, apenas ouviu a mulher gritar.

Após o crime, o menor cobriu o corpo da mãe com uma manta, recolheu dinheiro do cofre, espalhou notas pela casa e atirou o telemóvel da vítima para o quintal da vizinha, numa tentativa de criar a impressão de roubo. De seguida, escondeu a arma junto à campa dos avós paternos.

O marido da vítima foi alertado pela funcionária da autarquia e encontrou Susana já sem vida no sofá. Inicialmente, acreditou tratar-se de um assalto e verificou a gravação de vigilância, suspeitando até de um possível rapto do filho. Mais tarde, após a investigação da Polícia Judiciária de Aveiro, o menor confessou o crime, afirmando que matou a mãe porque ela o “chateava muito”.

O jovem foi descrito por familiares e vizinhos como perturbado, assustado e arrependido, apresentando traços de personalidade obsessiva. Ainda segundo o JN, quem esteve na casa naqueles momentos de aflição estranhou o comportamento do rapaz. “Estava inquieto, mas parecia indiferente, não o vi chorar”.

O juiz de família e menores de Aveiro determinou a realização de perícias para avaliar o estado psicológico do adolescente e o seu comportamento antes e durante o crime.

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