Coimbra

Incerteza e segurança obriga a evacuação das populações mais expostas na margem esquerda do Mondego

Notícias de Coimbra | 4 anos atrás em 21-12-2019

Quatrocentos operacionais estão hoje em três concelhos da região do Baixo Mondego a acudir a problemas causados pelo mau tempo, disse o Comandante Distrital de Operações de Socorro de Coimbra (CODIS).

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Em conferência de imprensa, Carlos Luís Tavares explicou que no terreno estão corporações de bombeiros dos distritos de Coimbra, Aveiro, Castelo Branco e Leiria, com meios humanos e materiais, nomeadamente várias embarcações.

Colaboram ainda, com as demais autoridades, a GNR, a PSP, uma equipa de fuzileiros com 14 elementos, duas embarcações e dois drones, a Cruz Vermelha e uma equipa da Força Especial de Bombeiros.

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De acordo com o CODIS de Coimbra, as águas da bacia do Mondego registaram uma “subida muito forte” que obrigou a barragem da Aguieira “dentro daquilo que é as cotas de segurança, a fazer as suas descargas”, num caudal do Mondego que cresceu também devido à barragem das Fronhas (no rio Alva, afluente do Mondego a montante da Agueira) e do rio Ceira, a jusante, que desagua junto a Coimbra.

“Tudo isto provocou um caudal de referência de cerca de 2.200 metros cúbicos por segundo (m3/s) no Açude-Ponte [de Coimbra]”, frisou Carlos Luís Tavares, lembrando que a obra de regularização do rio, realizada no final da década de 1970 entre Coimbra e a Figueira da Foz “só comporta 2.000 m3/s”.

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“Portanto, a incerteza e a segurança obrigou a tomar medidas de prevenção, nomeadamente de evacuação das populações mais expostas na margem esquerda do Mondego”, aquela que a jusante [abaixo] do Açude Ponte é a mais “preocupante” para as autoridades, frisou Carlos Luís Tavares.

O CODIS de Coimbra atualizou os números de pessoas retiradas de casa ao longo do dia, que deverão ultrapassar as 250: em Montemor-o-Velho, nas localidades de Pereira, Santo Varão e Formoselha foram retiradas 204 pessoas, outras 12 em Soure e cerca de 30 na margem direita no concelho de Coimbra, município onde cerca das 20:00 ainda decorriam evacuações de localidades situadas numa faixa em linha reta de oito quilómetros entre Bencanta e Ameal, na margem esquerda do Mondego.

“Como disse, o objetivo destas evacuações foi preventivo, atendendo à incerteza da segurança da obra, ou seja, aquilo que as margens direita e esquerda poderiam aguentar”, frisou o comandante operacional.

Carlos Luís Tavares confirmou ainda “um colapso” na margem direita do rio, na zona de Formoselha, numa extensão de cerca de 100 metros, que está a levar parte da água do canal principal do Mondego para os campos agrícolas da margem direita.

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