Portugal

Incêndios: Populações de Castro Marim e Tavira deslocadas durante a noite, casas e culturas atingidas

Notícias de Coimbra com Lusa | 3 anos atrás em 17-08-2021

Cerca de 50 pessoas foram retiradas das suas casas nas últimas 24 horas no concelho de Castro Marim, devido ao fogo que deflagrou na segunda-feira, tendo sido atingidas casas e várias culturas, referiu hoje o município, ainda sem quantificar prejuízos.

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“Cerca de 50 pessoas foram retiradas de suas casas, a maior parte voluntariamente, e neste momento, com as coisas a melhorar, já estão a regressar”, disse à Lusa o presidente da Câmara Municipal de Castro Marim (distrito de Faro), Francisco Amaral, pouco depois das 10:00.

De acordo com o autarca, as populações mais atingidas pelo incêndio foram as de Cortelha, Pego dos Negros, Fontainhas e monte da Amendoeira. Entretanto, a situação é “mais controlada agora, estando o incêndio mais para o lado de Tavira atualmente”.

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“Vi famílias desesperadas que perderam todos os seus haveres, pessoas dedicadas à agricultura, com plantações de alfarrobeiras, amendoeiras, pinheiros, dedicadas à apicultura, e de um momento para outro viram reduzidos os rendimentos a zero. Arderam milhares de hectares, não fazemos ideia ainda da totalidade dos prejuízos”, salientou.

Segundo Francisco Amaral, a povoação de Pisa Barro, onde não conseguiram chegar os bombeiros, lutou “com garra enorme”, sendo os “heróis que combateram o fogo, defendendo as suas casas”, desde os mais novos aos mais velhos.

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Também no concelho vizinho de Tavira tiveram de ser retiradas pela GNR das suas casas 26 pessoas, que de acordo com a presidente da câmara, Ana Paula Martins, passaram a noite na zona de apoio à população, devido à proximidade do fogo das suas habitações.

“Sei que estamos com uma frente ativa complicada que está a ser combatida por meios aéreos, já apresentava complicações na madrugada, na Malhada de Peres. Penso que a situação está a ser combatida da forma possível”, afirmou, pelas 10:30.

Segundo Ana Paula Martins, as condições meteorológicas “não têm ajudado os bombeiros na sua missão” – durante a noite, o “vento forte e instável complicou a tarefa”.

O alerta para o incêndio rural foi dado às 01:05 de segunda-feira e o fogo chegou a ser dado como dominado pelas 10:20, mas o “quadro meteorológico severo”, com altas temperaturas e vento, estiveram na origem de uma “reativação muito forte, em pleno período crítico do dia, junto à cabeça/flanco direito do incêndio original, e este ficou rapidamente fora da capacidade de extinção”, explicou anteriormente o comandante operacional regional de Faro, Richard Marques.

As chamas chegaram depois aos concelhos vizinhos de Vila Real de Santo António e Tavira.

Às 10:05 encontravam-se 628 operacionais a combater o incêndio que deflagrou em Castro Marim, apoiados por 208 meios terrestres e 11 aéreos.

Para esta manhã está prevista uma conferência de imprensa das autoridades em Castro Marim, para um ponto de situação.

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