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Economia

Incêndios e seca vão agravar inflação e aumentar gastos dos governos

Notícias de Coimbra com Lusa | 2 anos atrás em 26-07-2022

A agência de notação financeira Moody’s alertou hoje para o facto de os incêndios florestais e da seca contribuírem para o aumento da inflação e para os gastos dos governos, incluindo em Portugal.

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“Nas últimas semanas, as temperaturas recorde e a seca na Europa levaram a incêndios florestais em França (Aa2 estável), Espanha (Baa1 estável), Portugal (Baa2 estável), Itália (Baa3 estável) e Grécia (Ba3 estável). A Península Ibérica foi a mais atingida, com cerca de 180.000 hectares de terras carbonizadas pelos incêndios florestais em Espanha e Portugal desde 16 julho”, apontou, em comunicado, a Moody’s.

Neste período, as autoridades francesas registaram 40.000 hectares de terras queimadas.

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Por sua vez, a seca está a levar à falta de água, sobretudo, no Sul da Europa e, de acordo com a Comissão Europeia, cerca de metade do território da União Europeia (UE) está em risco de seca.

Destaca-se ainda Itália, que regista a pior seca dos últimos 70 anos.

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Conforme apontou, no curto prazo, estas condições vão “enfraquecer a produção” e, consequentemente, “pressionar ainda mais os preços dos alimentos”.

Soma-se uma crise energética, que foi desencadeada pela invasão da Ucrânia pela Rússia.

“Os preços mais altos da energia e dos alimentos vão exercer uma maior pressão sobre a inflação e corroer os gastos discricionários, o que, por sua vez, irá desacelerar o crescimento económico”, vincou.

Já os governos terão que lidar com gastos adicionais ligados à extinção dos incêndios e à replantação de árvores.

Em 2021, os incêndios florestais custaram à Grécia 500 milhões de euros, ou seja, 0,3% do Produto Interno Bruto (PIB) nominal, notou a Moody’s.

A UE anunciou que está a negociar a compra de mais aviões de combate aos incêndios e os governos poderão ter que estender as medidas de apoio aos territórios mais afetados.

O aumento das temperaturas pode também acarretar riscos para a saúde humana, sendo que Espanha e Portugal registaram, em 19 de julho, mais de 1.000 mortes relacionadas com o calor.

No Sul da Europa, os incêndios florestais são uma das principais causas de poluição do ar.

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