Incêndios: Agricultores lesados ameaçam com nova ação de luta em março

Notícias de Coimbra | 6 anos atrás em 16-02-2018

Os agricultores lesados pelos incêndios ameaçam com uma nova ação de luta em março, caso o Governo não atenda às suas principais reivindicações, e acusam o ministro da Agricultura de não responder ao caderno de reclamações.

PUBLICIDADE

fogo

Em comunicado hoje divulgado, a Comissão de Agricultores e Produtores Florestais lesados pelos incêndios de 2017 explica que vai pedir ao primeiro-ministro, António Costa, uma audiência até ao final de fevereiro.

PUBLICIDADE

“Dado que o senhor ministro da Agricultura não respondeu ao Caderno de Reclamações que lhe entregámos no passado dia 2 de fevereiro, vamos solicitar ao senhor primeiro-ministro para nos receber em audiência até final de fevereiro”, referem.

A comissão, que inclui a Associação Distrital dos Agricultores de Coimbra (ADACO), o Movimento Associativo de Apoio às Vítimas dos Incêndios de Midões (MAAVIM) e a Confederação Nacional da Agricultura (CNA) está a ponderar solicitar também uma audiência à Comissão de Agricultura e Mar da Assembleia da República.

PUBLICIDADE

publicidade

“E caso as principais reclamações não sejam atendidas, os Agricultores e Produtores Florestais lesados pelos incêndios e suas organizações não terão alternativa senão fazer uma nova acção de luta, já em março”, sustentam.

Estes agricultores consideram “insuficientes e mesmo desadequadas” as medidas de apoio avançadas pelo Governo, tendo em consideração “os prejuízos brutais” sofridos pelas populações e pelos agricultores em especial.

De entre as inúmeras reclamações que fazem, pretendem a reabertura urgente das candidaturas simplificadas, para permitir que quem não se candidatou tenha a possibilidade de o fazer e refazer a candidatura dada a falta de informação prestada.

Defendem a criação de ajudas para compensar as perdas de rendimento na atividade agrícola, agro-pecuária e agro-florestal e de uma equipa de apoio urgente para os estrangeiros residentes nas zonas afetadas.

Os agricultores reclamam ainda a criação de medidas para apoios de arranjos, desde logo em habitações permanentes, e também em caminhos agrícolas e casas agrícolas, indo até à suspensão dos planos diretores municipais (PDM) para a legalização dessas estruturas.

Nos projetos em que se estejam a recuperar plantações ou fazer investimentos que ainda estejam em fase de execução, querem que o Governo assegure 100% da sua execução, para que estes possam cumprir as suas metas, alargando o prazo para o cumprimento do investimento, ou deixar terminar a sua operação, sem qualquer penalização.

Por último, pedem medidas urgentes de apoio para florestação, limpeza, corte e replantação, incluindo áreas comunitárias de baldios, no sentido de repor o material produtivo com prioridade para a floresta de uso múltiplo ou multifuncional.

Related Images:

PUBLICIDADE

PUBLICIDADE