Portugal

Incêndio em Murça em fase de consolidação mantém dispositivo de combate

Notícias de Coimbra com Lusa | 2 anos atrás em 19-07-2022

O incêndio que começou domingo em Murça, no distrito de Vila Real, entrou hoje numa fase de “consolidação”, mas o dispositivo de combate não será diminuído, garantiu o Comandante Regional do Norte da Proteção Civil, Rodrigues Alves.

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Em declarações aos jornalistas, cerca das 13:00, o responsável disse que “os trabalhos de consolidação” estão a decorrer nos concelhos de Murça, Vila Pouca de Aguiar e Carrazedo de Montenegro [concelho de Valpaços]”, mas admitiu “preocupação” devido à acumulação térmica e ao vento, que poderá soprar com intensidade durante o resto do dia.

“Com isto não quer dizer que os trabalhos não continuem. O dispositivo não vai ser diminuído. Ficarão no terreno todos os meios para que se alguma situação nos surpreenda, seja debelada o mais rápido possível”, referiu o tenente-coronel Rodrigues Alves.

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De acordo com o responsável, no local, pelas 13:00, estavam 733 operacionais apoiados por 254 veículos, 10 meios aéreos e 10 máquinas de rasto.

Rodrigues Alves frisou que “praticamente todas” as máquinas de rasto “estão empenhadas em trabalhos de consolidação”.

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“Neste momento não temos frentes ativas. Temos tudo em trabalhos de consolidação. Neste momento não temos nenhuma situação que nos crie cuidado”, acrescentou.

Quanto à evacuação de aldeias, o Comandante Regional do Norte da Proteção Civil começou por salvaguardar que “todo o trabalho é feito com antecedência para salvaguardar vias humanas”, apontou que “algumas pessoas já foram restituídas aos seus lares”, mas remeteu pormenores para o Serviço Municipal de Proteção Civil.

“Tudo indica que o dia de hoje poderá ser mais calmo, mas com o vento que se está a levantar pode acontecer o que aconteceu no dia de ontem [segunda-feira]”, completou.

O incêndio, que teve início no domingo à tarde em Cortinhas, em Murça, alastrou-se por praticamente por toda a zona norte do município, entrando ainda nos concelhos de Vila Pouca de Aguiar e de Valpaços.

Por precaução, muitos populares, principalmente os mais idosos, foram retirados de várias aldeias, nomeadamente de Valongo de Milhais e de Ribeirinha.

O Governo decide hoje se prolonga a situação de alerta devido ao risco de incêndio rural, que termina às 23:59, ou se volta a ativar a contingência, que esteve em vigor até domingo durante sete dias.

Na última semana, o país enfrentou temperaturas elevadas e o dia mais quente foi 13 de julho, em que quase todos os distritos estiveram sob aviso vermelho, o mais grave emitido pelo Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).

Também foi em 13 de julho que a ANEPC registou o maior número de incêndios rurais este ano, num total de 193.

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