Coimbra

Incêndio em armazém de bagaço de azeitona assusta Alcarraques

Notícias de Coimbra | 6 anos atrás em 27-09-2018

 Um armazém de bagaço de azeitona no concelho de Coimbra foi hoje destruído por um incêndio que não provocou vítimas.

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O fogo eclodiu no armazém, pouco depois das 18:00, mas não alastrou às demais instalações de uma unidade industrial de produção de óleo de bagaço de azeitona, em Alcarraques, território da União das Freguesias de Trouxemil e Torre de Vilela.

Residentes em Alcarraques aproveitaram o momento para se manifestarem contra a existência de uma indústria deste tipo no meio da aldeia.

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Ouvimos uma explosão, disse a NDC um habitante de Alcarraques, que lamentou que as autoridades não consigam encerrar a fábrica.

Não podemos colocar roupa a secar, pois fica negra, não conseguimos abrir as janelas, porque cheira muito mal, acrescentou outro manifestante.

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O incêndio deflagrou quando decorriam “trabalhos de manutenção na cobertura”. Esta ruiu sobre a matéria-prima armazenada, que “também se inflamou”, adiantou a fonte.

Os trabalhos de combate às chamas e de rescaldo prolongaram-se por cerca de duas horas.

Além da companhia de Bombeiros Sapadores de Coimbra, estiveram no local os Voluntários da cidade e os de Brasfemes, num total de 22 operacionais e seis viaturas, bem como a GNR.

Um senhor, que se intitulou administrador, não permitiu a recolha de imagens no interior da unidade industrial.

Um homem de 43 anos morreu, em dezembro de 2017, após ter sofrido um acidente de trabalho nesta fábrica de transformação de bagaço de azeitona.

O trabalhador caiu num silo da unidade fabril, em Alcarraques, e “foi aspirado” juntamente com o bagaço, debaixo de mais de um metro de altura desta matéria-prima, disse uma fonte dos Bombeiros Sapadores de Coimbra (BSC).

Recordamos que a Deputada Heloísa Apolónia, do Grupo Parlamentar Os Verdes, entregou na Assembleia da República uma pergunta em que questiona o Governo, através do Ministério do Ambiente, sobre o considerável acréscimo de poluição, ao nível dos recursos hídricos, dos solos, do ruído e em particular da qualidade do ar, com odores insuportáveis (a baganha) que se fazem sentir não só em Alcarraques, mas também a vários quilómetros de distância, como é o caso do centro da cidade de Coimbra, principalmente nos dias nublados, de chuva, com ventos fortes de norte, resultantes da laboração de uma unidade industrial de produção e refinação de óleo de bagaço cru de azeitona instalada naquela localidade.

Veja os vídeos dos directos NDC:

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