A companhia Marionet apresenta, entre 25 e 27 de outubro, no Teatro Académico de Gil Vicente (TAGV), em Coimbra, “iMaculada”, uma peça sobre a pílula, a forma como é percebida e utilizada e as transformações sociais que provocou.
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Aquela companhia de Coimbra, que se dedica ao cruzamento entre teatro e ciência, apresenta a peça no ano em que se assinala o centenário do nascimento do cientista e dramaturgo Carl Djerassi, conhecido por ser um dos responsáveis da invenção da pílula e que se cruzou com o percurso da Marionet por duas vezes, disse à agência Lusa o diretor do grupo, Mário Montenegro.
Segundo o também encenador de “iMaculada”, a peça, criada coletivamente, aborda a pílula, mas também outras formas de contraceção e também “novas formas de conceção que foram sendo desenvolvidas”, apresentando questões sobre sexualidade e parentalidade.
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“Hoje em dia, há ainda várias questões que não são tranquilas e nem toda a gente aceita a questão da contraceção. Há partes da nossa sociedade, nomeadamente a Igreja, que reprova uma série de métodos contracetivos”, notou Mário Montenegro.
Na peça, aborda-se também a ideia de novas formas de conceção, que permitem a conceção “sem recorrer a um parceiro ou parceira”, constatou.
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Nesse sentido, o título do espetáculo remete para a ideia da “conceção imaculada de Jesus Cristo por Maria”.
“Com as novas formas de conceção, lemos essa história e abre novas possibilidades de interpretação. O título remete para isso, mas também para a possibilidade de a sociedade exercer uma pressão muito grande sobre a mulher ser maculada ou imaculada”, salientou o encenador.
O espetáculo, com interpretação de Inês Dias, Pedro Lamas, Sílvia Santos e Sofia Hora Marques, pode ser visto entre 25 e 27 de outubro, em diferentes horários, no TAGV.
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