Saúde

Idosa “desaparece” de hospital e é encontrada horas depois sozinha num corredor

NOTÍCIAS DE COIMBRA | 2 meses atrás em 09-05-2025

O Hospital de Egas Moniz, em Lisboa, está no centro de uma polémica depois de uma mulher de 78 anos ter estado várias horas sem localização conhecida dentro da unidade hospitalar.

A família de Elisabete Rodrigues, que já se encontrava internada após um acidente de viação, acusa o hospital de negligência e de ter perdido o rasto da idosa durante um exame de rotina.

A situação ocorreu quando Elisabete, transferida do Hospital de São Francisco Xavier para a realização de uma ressonância magnética no Hospital de Egas Moniz — ambos pertencentes ao Centro Hospitalar Lisboa Ocidental — deixou de estar acessível à família.

PUBLICIDADE

“Cheguei e ninguém sabia da minha mãe. O nome não aparecia nos registos, nem sequer no serviço de neurocirurgia,” afirmou Helena Rodrigues, filha da paciente, visivelmente abalada com o sucedido, à CNN Portugal. Desesperada, chegou a chamar a polícia, depois de procurar por toda a unidade hospitalar sem sucesso.

Horas depois, Helena acabou por encontrar a mãe sozinha num corredor, coberta apenas por uma manta e com um papel em cima do corpo onde constavam as horas de entrada e do exame realizado. O documento indicava também que o serviço de imagiologia já tinha pedido, por e-mail, o transporte de ambulância para o regresso da paciente ao hospital de origem — pedidos esses que, ao que parece, ficaram por atender durante horas.

“A minha mãe estava consciente, cheia de fome, sem comer desde domingo. Isto é desumano”, denunciou a filha, garantindo que a família irá apresentar uma queixa formal contra o Hospital de Egas Moniz.

O Centro Hospitalar Lisboa Ocidental, em resposta, defende-se dizendo que “a doente teve sempre o acompanhamento adequado à sua situação clínica” e que a transferência foi “comunicada à utente e ao familiar de referência”.

A família, contudo, refuta esta versão, alegando ter sido completamente deixada no escuro quanto ao paradeiro e estado de saúde de Elisabete durante grande parte do dia.

A situação levanta sérias questões sobre os procedimentos de acompanhamento de doentes em mobilidade entre unidades hospitalares e promete não ficar por aqui.

PUBLICIDADE

PUBLICIDADE