Crimes

Idosa assassinada à paulada por alegado prémio da lotaria

NOTÍCIAS DE COIMBRA | 35 minutos atrás em 19-12-2025

Uma mulher, de 71 anos, foi brutalmente assassinada à paulada, na freguesia de Adaúfe, em Braga, num crime que poderá estar relacionado com rumores de que teria ganho a lotaria. Teresa de Jesus, conhecida localmente por Teresa “Gaita”, vivia sozinha e foi encontrada com o rosto desfigurado.

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O corpo da vítima foi descoberto ao final da tarde de terça-feira pela GNR, depois de vizinhos alertarem as autoridades devido à sua ausência invulgar. Junto ao local do crime foi encontrado um pau ensanguentado. A Guarda acionou a Polícia Judiciária, que ficou encarregue da investigação. A autópsia está marcada para esta sexta-feira.

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Segundo moradores da zona, a alegada vitória na lotaria é a única explicação plausível para o homicídio, uma vez que a idosa não possuía bens de valor conhecidos. Até ao momento, no entanto, ninguém confirmou oficialmente que Teresa de Jesus tivesse recebido qualquer prémio.

“Dizia-se que a Dona Teresa tinha ganho uma fortuna na lotaria, mas não sabemos se era verdade”, afirmou ao JN Joaquim Ferreira, vizinho da vítima. “O certo é que alguém pode ter acreditado nisso e seguido os seus passos por cobiça”, acrescentou.

Teresa “Gaita” foi vista com vida pela última vez no domingo. Nos dias seguintes, a ausência de sinais habituais — como o fumo a sair da chaminé e a interação com os cães que tinha — levantou suspeitas. “Os cães estavam muito agitados e não víamos qualquer movimento. Chamei a GNR”, contou outro vizinho, Miguel Antunes. As autoridades acreditam que a mulher já estaria morta há várias horas quando foi encontrada.

A vítima era viúva há cerca de uma década e, segundo apurou o JN, terá passado a viver de forma mais isolada, com problemas de alcoolismo e saúde fragilizada.

O presidente da Junta de Freguesia de Adaúfe, Abel Gomes, mostrou-se chocado com o crime. “Esta é uma zona muito calma. Um homicídio desta natureza deixa-nos profundamente preocupados”, afirmou, acrescentando que a autarquia está a organizar o funeral, enquanto aguarda resposta dos familiares.

Também o pároco local, José Sepúlveda, conhecido como Padre Zé e primo afastado da vítima, lamentou o sucedido. “Fomos todos surpreendidos, sobretudo pela atrocidade deste crime”, declarou.

A investigação prossegue sob a alçada da Polícia Judiciária.

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