Saúde

Idade do cérebro determina quanto tempo vai viver

NOTÍCIAS DE COIMBRA | 41 minutos atrás em 21-07-2025

Imagem: depositphotos.com

Embora todos celebremos o nosso aniversário na mesma data, o envelhecimento do corpo não é uniforme. Um estudo inovador da Universidade de Stanford concluiu que a idade biológica do cérebro pode ser um dos indicadores mais precisos para prever a nossa longevidade.

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A investigação envolveu mais de 44 mil pessoas, com idades entre os 40 e os 70 anos, cujos dados foram analisados numa base britânica. Utilizando um método avançado de análise sanguínea, os cientistas calcularam a idade biológica de 11 órgãos, incluindo o coração, rins, fígado e, especialmente, o cérebro.

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Os resultados mostram que quanto mais envelhecido está um órgão, maior é o risco de morte nos 17 anos seguintes. Contudo, o cérebro destacou-se como o órgão com maior impacto na sobrevivência. “O cérebro é o guardião da longevidade”, afirma Tony Wyss-Coray, neurocientista responsável pelo estudo. “Se tens um cérebro biologicamente envelhecido, tens maior probabilidade de morrer mais cedo. Se o cérebro estiver jovem, é provável que vivas mais tempo.”

A medição da idade biológica do cérebro baseia-se nos níveis de proteínas no sangue associadas a cada órgão, permitindo avaliar o seu funcionamento. Os cérebros considerados “extremamente envelhecidos” (os 7% mais velhos da amostra) apresentaram quase o dobro do risco de morte nos 15 anos seguintes. Em contrapartida, pessoas com cérebros “extraordinariamente jovens” apresentaram uma redução de 40% no risco de morte no mesmo período, como consta no Leak.

O estudo relaciona ainda o envelhecimento cerebral com o risco de Alzheimer, indicando que cérebros mais envelhecidos têm 3,1 vezes mais probabilidade de desenvolver a doença. Por outro lado, cérebros jovens apresentam uma diminuição de 74% no risco.

Fatores como obesidade, sedentarismo, stress crónico e condições socioeconómicas desfavoráveis aceleram o envelhecimento cerebral, enquanto um estilo de vida saudável — que inclua exercício regular, alimentação equilibrada e estímulos cognitivos — pode ajudar a preservar a juventude do cérebro.

Este trabalho reforça a importância de compreender os fatores que influenciam o envelhecimento dos nossos órgãos e sugere que cuidar do cérebro pode ser a chave para viver mais e melhor.

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