O jornal i publicou hoje uma notícia intitulada “Autarca socialista pede apoios a Bruxelas para Museu Salazar”, onde adiantava que “a primeira parte do museu Salazar abre portas, no máximo, dentro de dois anos”.
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A notícia não agradou ao autarca local, que requereu junto do Jornal I o direito de resposta e de retificação, onde se pode ler que:
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Na notícia em causa, o Jornal I incorre em imprecisões quer em termos das expressões e das designações
utilizadas, quer em termos de localização do espaço a reabilitar. Nem como facilidade de linguagem nem
tendo como referência à verdade, é aceitável a utilização da expressão “a obra de homenagem a Salazar” e a
designação “Museu Salazar”, por duas razões:
1. Como sobejamente sabido, o projeto da Autarquia Santacombadense é criar um Centro de Estudos
do Estado Novo, contribuindo para o estudo de uma época que marcou de forma indelével a História
de Portugal entre 1926 e 1974. Não se trata pois de qualquer homenagem ao governante.
2. A segunda razão prende-se com a designação “Museu Salazar”. Não está em causa a criação de um
museu mas sim de um Centro de Estudos, onde existirá naturalmente documentação, a mais diversa,
alguma existente, na posse da autarquia e outra ainda dispersa, com recurso a meios multimédia capazes
de recriar vivências de âmbito económico, social, cultural, nos diferentes períodos do Estado Novo.
Na missiva, que também foi enviada a NDC, Leonel Gouveia acrescenta que “para que a verdade seja reposta, no que diz respeito ao projeto do Centro de Estudos do Estado Novo, importa ainda esclarecer que se trata de uma intenção do atual executivo da Câmara Municipal de Santa Comba Dão, no âmbito da conservação, proteção e desenvolvimento do património cultural, aproveitando a existência de uma antiga Escola Primária, típica do Estado Novo, em muito bom estado de conservação, no quadro das prioridades definidas.”
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