O produtor florestal, agricultor familiar e artesão Hugo Lobo é o candidato da CDU à presidência da Câmara da Pampilhosa da Serra, no interior do distrito de Coimbra, onde o PSD lidera o município desde 1979.
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“O nosso esforço, acima de tudo, deve-se concentrar em criarmos condições dignas para todos os que cá vivem ou querem viver. Recusamos promessas irrealizáveis ou projetos megalómanos, mil e um eventos de pompa e circunstância”, afirmou à agência Lusa o candidato.
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Esta é a primeira vez que Hugo Lobo concorre à presidência da Câmara da Pampilhosa da Serra, com a sua candidatura a concentrar-se “em ideias concretas que ajudem a transformar a realidade daqueles que habitam o território”.
De acordo com o candidato, nas suas pretensões figuram lutas que são comuns em todas as candidaturas da CDU, entre elas “a defesa intransigente dos serviços públicos e dos seus trabalhadores, na saúde, na educação, na proteção civil”, bem como a gestão pública da água, o apoio social aos mais novos e aos mais velhos, autonomia financeira para as juntas de freguesia e a dinamização da cultura e do desporto.
“Não querendo descurar os inúmeros desafios que fazem parte de uma gestão camarária, gostaria de evidenciar mais algumas propostas da CDU: apostar numa floresta mista, que ajude à biodiversidade e a combater fenómenos naturais devastadores como os fogos e inundações; e o turismo não pode ser visto como a tábua de salvação”, alegou ainda Hugo Lobo à agência Lusa
O turismo tem de ser visto como um instrumento de desenvolvimento, mas que não ponha em causa a natureza e as pessoas que habitam no concelho, sustentou.
“Percursos pedestres, centros de interpretação da fauna e flora, recuperação do património cultural são um caminho equilibrado”, acrescentou.
Hugo Lobo defendeu também a criação de um centro para a educação ambiental, usando os terrenos que ladeiam a Barragem de Santa Luzia, uma rota de saberes e ofícios ligando as aldeias mais isoladas, despertando naqueles mais idosos e com mobilidade reduzida um sentimento de pertença e partilha, para além de um programa de recolha de excedentes agrícolas, destinado à pequena agricultura e agricultura familiar que abastecesse as cantinas e outros consumidores com produtos frescos e locais.
Nas suas pretensões figuram ainda a criação de um centro dedicado à juventude, à sua participação social, cultural e atividades lúdicas, bem como a criação de assembleias de compartes, para a gestão dos terrenos baldios.
“A criação de assembleias de compartes deve ser incentivada sem interferências e pressões. A gestão dos terrenos comunitários pela população (compartes) é um exemplo de participação cívica que nos deveria orgulhar: são eles que conhecem o terreno, que sabem quais são os terrenos privados ou comunitários”, concluiu.
Para além de Hugo Lobo, pela CDU (que integra o Partido Comunista Português e o Partido Ecologista Os Verdes), concorrem à presidência da Câmara Municipal da Pampilhosa da Serra Ricardo Serra, pelo PS, e Amândio Madaleno, pelo Chega (anunciado na página de Facebook do Chega para as Autárquicas 2025).
O atual presidente da Câmara Municipal da Pampilhosa da Serra Jorge Custódio, Jorge Custódio, cuja recandidatura ainda não foi anunciada, foi eleito 2021, pelo PSD, obtendo 61,23 % dos votos e elegendo quatro vereadores.
Já o PS arrecadou 28,09 % dos votos e elegeu um vereador, enquanto o CDS–PP obteve 6,30 % dos votos e a CDU 1,2%.
As eleições autárquicas estão marcada para 12 de outubro.
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