Hugo tinha apenas 19 anos quando a vida lhe tirou o pai de forma trágica. O homem morreu eletrocutado enquanto realizava trabalhos manuais, e o funeral coincidiu com o dia do aniversário do filho, deixando Hugo com uma dor dupla: a perda de quem amava e a ausência de memórias fotográficas que registassem a relação entre ambos.
“Foi um misto de emoções, estava ali o meu pai naquele dia que era de ‘festa'”, recorda Hugo, emocionado. Para além da dor da perda, ficou a sensação de que muito ficou por dizer: “Principalmente que gostava dele”, admite. Hugo lamenta também nunca ter tido uma fotografia com o pai: “Não tenho nenhuma memória”.
Pouco tempo depois, Hugo sofreu nova perda: o avô materno, que cuidara dele em criança e a quem chamava de “segundo pai”, morreu vítima de cancro. Hugo esteve ao lado do avô até ao último momento, segurando-lhe a mão. “Quando te sentes minimamente preparado para continuar, outra perda”, desabafa.
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Apesar destas marcas profundas, Hugo encontrou forças na sua vocação como bombeiro voluntário e técnico de emergência pré-hospitalar, embora confesse que ainda lhe seja difícil lidar com ocorrências relacionadas com eletrocussões — memórias demasiado ligadas à morte do pai.
No programa Dois às 10, da TVI, Hugo partilhou a sua história de perdas marcantes e de coragem diante da adversidade, oferecendo um relato humano e emotivo sobre luto, saudade e resiliência
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