CHUC

Hospital dos Covões: PCP questiona Governo sobre tempos de espera inaceitáveis e falta de condições

Notícias de Coimbra | 3 anos atrás em 05-01-2021

“O PCP tomou conhecimento da situação de sobrecarga na urgência e internamento Covid-19 no Hospital Geral dos Covões nos últimos dias. A própria administração do CHUC admitiu ter atingido a sua capacidade máxima de internamento. São reportadas esperas de utentes com Covid-19, de mais de 48 horas, sem as mínimas condições conforto e dignidade A falta de camas de internamento faz com que existam doentes a pernoitar em cadeiras”, denunciam os comunistas em comunicado enviado a Notícias de Coimbra.

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Os trabalhadores da saúde são também afetados, com turnos que vão muito para além do expectável e permitido, com parcas condições de trabalho e um cansaço extremo, que os afeta não só a eles, mas também com inequívoco reflexo no atendimento aos utentes, acrescenta o PCP.

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Como o PCP já tem denunciado, “esta situação é fruto do ataque de matriz neoliberal ao SNS, que se tem intensificado ao longo dos anos, e que, em Coimbra, pretende esvaziar o Hospital Geral dos Covões, valioso instrumento, dando espaço a estruturas privadas que prosperam na região. A resposta passará sempre pelo reforço dos serviços públicos, em trabalhadores e meios materiais”.

O PCP está ciente que esta é uma situação excecional, inserida no combate à pandemia. Como situação excecional que é, merece medidas excecionais, que tardam em chegar. Aliás, nesse mesmo sentido, o PCP questionou já o Governo sobre a ampliação da capacidade de resposta do SNS com o recurso ao Centro de Saúde Militar de Coimbra. Pergunta que, apesar de ter sido enviada em 23 de novembro de 2020, ainda não obteve qualquer resposta do Ministério da Saúde.

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Apesar de se ter identificado, já por largas vezes, que o Hospital dos Covões estava muito perto do seu limite de capacidade, as medidas necessárias para a célere resolução deste problema não foram tomadas, deixando trabalhadores e utentes numa situação de grande fragilidade clínica e humana, lamenta o PCP.

O PCP pergunta:

Ao abrigo das disposições constitucionais e regimentais aplicáveis, solicita-se a V.ª Ex.ª que possa remeter ao Governo, por intermédio do Ministério da Saúde, as seguintes questões:
1. Tem o Governo conhecimento desta situação? Como a analisa?
2. Que medidas imediatas e estruturais tomará o Governo para dar resposta à sobrecarga dos serviços?
3. Vai o Governo proceder ao reforço imediato das equipas? De que forma e com quantos profissionais?
4. Vai o Governo, através da articulação entre os ministérios da Saúde e da Defesa Nacional, programar a utilização das infraestruturas e capacidade do Centro de Saúde Militar de Coimbra no atual contexto de sobrecarga dos hospitais da região de Coimbra?

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