Justiça
Horror: Mulher julgada em Coimbra é suspeita de envenenar e sufocar 5 filhos durante o sono e de abusar das irmãs
O Ministério Público (MP) de Timóteo, no Estado brasileiro de Minas Gerais, pronunciou quatro pessoas para julgamento no processo que envolve Gisele Oliveira, a mulher de 40 anos detida em Portugal em agosto, após vários meses fugida da justiça.
A principal arguida está indiciada por sete homicídios — cinco deles consumados — de filhos biológicos, além de acusações de abuso sexual contra três irmãs e uma criança de 10 anos, revela o Correio da Manhã.
Outras quatro pessoas, incluindo a mãe de Gisele, também responderão em tribunal por participação nos crimes. A mãe aguarda o julgamento em liberdade, enquanto dois dos restantes arguidos permanecem em prisão preventiva.
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Extraditada em meados de outubro, após esgotar todos os recursos na justiça portuguesa, Gisele Oliveira foi entregue a agentes da Polícia Federal brasileira e encontra-se desde então em prisão preventiva numa unidade feminina em Belo Horizonte, capital de Minas Gerais.
Após o seu regresso, o MP de Timóteo concluiu o despacho acusatório, que revela um cenário ainda mais grave do que o inicialmente conhecido. As investigações apontam que os crimes começaram antes de Gisele ser mãe: três das suas irmãs e uma menina de 10 anos terão sido abusadas sexualmente.
Com o nascimento do primeiro filho, em 2008, a violência agravou-se. Segundo a acusação, cinco crianças foram envenenadas enquanto dormiam, com substâncias como fenobarbital e clonazepam, e posteriormente sufocadas com almofadas. As mortes ocorreram ao longo de 15 anos, até 2023. Outros dois filhos sobreviveram às tentativas, pode ler-se naquele jornal.
O MP afirma ter encontrado provas de que a mãe de Gisele colaborou com a filha na prática dos crimes. Parte dos factos investigados inclui ainda a fuga da arguida para Portugal. Em abril deste ano, Gisele refugiou-se num anexo no concelho do Pombal, distrito de Leiria, onde viveu com o companheiro, Elias de Sousa, e o filho de ambos, de 12 anos.
Durante as primeiras semanas em território português, Gisele terá feito ameaças a familiares e testemunhas no Brasil, o que levou à emissão de um mandado internacional de captura. Foi detida pouco tempo depois pela Polícia Judiciária.
A atividade criminosa atribuída a Gisele Oliveira encerra um dos casos mais graves recentes da justiça brasileira, agora prestes a avançar para julgamento com múltiplos arguidos e um vasto conjunto de crimes hediondos que abalam a comunidade de Timóteo.
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