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Hong Kong diz não à carne vinda do Porto

Notícias de Coimbra com Lusa | 43 minutos atrás em 18-11-2025

A região semiautónoma chinesa de Hong Kong proibiu hoje a importação de carne de ave e derivados, incluindo ovos, do distrito do Porto, na sequência da deteção de casos de gripe aviária.

O Centro para a Segurança Alimentar (CFS, na sigla em inglês) de Hong Kong sublinhou, em comunicado, que a decisão foi tomada “para proteger a saúde pública”, na sequência de uma notificação da Organização Mundial de Saúde Animal.

De acordo com dados oficiais citados no comunicado, o território não importou carne de ave ou derivados de Portugal nos primeiros nove meses de 2025.

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O CFS disse já ter contactado as autoridades portuguesas e que vai acompanhar “de perto” a situação e as informações emitidas pela Organização Mundial de Saúde Animal.

“Serão tomadas as medidas adequadas em resposta ao desenvolvimento da situação”, referiu.

O CFS também proibiu hoje, pelo mesmo motivo, a importação de carne de ave e derivados de várias regiões da Alemanha, Países Baixos, Estados Unidos, França e Dinamarca.

Na quinta-feira, a Direção-Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV) portuguesa determinou o confinamento de aves domésticas em 95 zonas de 14 distritos identificadas como de alto risco para a gripe aviária.

“As aves de capoeira e aves em cativeiro detidas em estabelecimentos, incluindo detenções caseiras, localizadas nas freguesias incluídas na lista das zonas de alto risco para a gripe aviária deverão ser confinadas aos respetivos alojamentos de modo a impedir o seu contacto com aves selvagens”, indicou a DGAV, num edital.

Em causa estão os distritos do Porto, Lisboa, Braga, Viana do Castelo, Aveiro, Leiria, Coimbra, Castelo Branco, Santarém, Setúbal, Évora, Beja, Portalegre e Faro.

Dois dias antes, a DGAV tinha avisado que o risco de disseminação da gripe das aves era elevado.

O número total de focos detetados este ano em Portugal está em 31, tendo os mais recentes sido detetados numa exposição de aves em cativeiro, situada no distrito de Aveiro, concelho e freguesia de Oliveira do Bairro, e num estabelecimento de aves em cativeiro, no distrito de Santarém, concelho da Chamusca e União de freguesias de Parreira e Chouto, assinalou a diretora-geral de Alimentação e Veterinária no edital.

Estas zonas vão permanecer em restrição sanitária até 12 e 19 de dezembro, respetivamente, segundo a DGAV.

No edital, a diretora explica que a gripe aviária provoca “mortalidade muito elevada, especialmente nas aves de capoeira”.

Tal tem “um impacto importante (…) na produção avícola, uma vez que constitui motivo de suspensão da comercialização de aves vivas e seus produtos nas zonas afetadas e pode ser motivo de impedimento de exportação de aves e produtos”.

A transmissão do vírus H5N1 para humanos acontece raramente, tendo sido reportados casos esporádicos em todo o mundo. Contudo, quando ocorre, a infeção pode levar a um quadro clínico grave.

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