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Hong Kong bate recorde com maior número de tempestades tropicais

Notícias de Coimbra com Lusa | 28 minutos atrás em 06-10-2025

 Hong Kong já foi afetada por 12 tempestades tropicais e tufões este ano, o valor anual mais elevado desde que começaram os registos, em 1917, indicou a agência meteorológica da região semiautónoma chinesa.

O novo recorde foi fixado com a passagem do Matmo, o quarto tufão a afetar o sul da China em cinco semanas, que levou Hong Kong a emitir o sinal de tempestade tropical 3, o segundo nível menos elevado durante o fim de semana.

O Matmo “bate o recorde (…) desde que os sinais de aviso de ciclone tropical numerados foram introduzidos em 1917″, disse no domingo um porta-voz da agência meteorológica ao portal de notícias Hong Kong Free Press.

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Tanto em Hong Kong como na região vizinha de Macau, a escala de alerta de tempestades tropicais é formada pelos sinais 1, 3, 8, 9 e 10 (o mais elevado), com a emissão a depender da proximidade da tempestade e da intensidade do vento.

No caso de Macau, situada a 60 quilómetros, onde os Serviços Meteorológicos e Geofísicos emitiram o sinal 8, desde o ano de 1974 que não havia tantas tempestades tropicais e tufões a afetar o território.

A Proteção Civil de Macau sublinhou que dois dos 12 ciclones tropicais levaram mesmo à emissão do sinal 10, o último dos quais em 24 de setembro, devido ao supertufão Ragasa, a mais poderosa tempestade registada no planeta em 2025.

Mas no domingo o secretário para a Segurança, Wong Sio Chak, sublinhou que “a atual temporada de tufões ainda não terminou”.

Os tufões são fenómenos recorrentes no Sudeste Asiático, quando as águas quentes do oceano Pacífico favorecem a formação de ciclones, e o sul da China é atingido todos os anos por dezenas dessas tempestades tropicais, especialmente na estação das chuvas, que geralmente começa em junho e termina em novembro ou dezembro.

Segundo um estudo publicado em julho de 2024, os tufões na região estão a formar-se mais perto da costa do que no passado, intensificando-se mais rapidamente e permanecendo mais tempo sobre terra, em consequência das alterações climáticas.

De acordo com cientistas, as alterações climáticas estão a provocar fenómenos meteorológicos extremos mais frequentes e intensos em todo o mundo.

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