Um amplo estudo que analisou dados hospitalares dos Estados Unidos entre 2016 e 2020 revelou que a cardiomiopatia de Takotsubo, também conhecida como síndrome do coração partido, está associada a uma alta taxa de mortalidade e complicações graves, sem sinais de melhora nos desfechos ao longo dos últimos cinco anos.
Utilizando o banco de dados Nationwide Inpatient Sample, os pesquisadores avaliaram tendências, mortalidade e complicações em adultos com mais de 18 anos diagnosticados com cardiomiopatia de Takotsubo. Foram identificados 199.890 pacientes nesse período, sendo 83% mulheres, com maior prevalência entre pessoas de raça branca e de maior faixa de renda.
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O estudo publicado no Journal of the American Heart Association mostra que a mortalidade geral foi elevada, atingindo 6,5%, e não apresentou melhora significativa ao longo dos anos estudados. Entre as complicações mais frequentes, destacaram-se a diminuição da capacidade do coração de bombear satisfatoriamente o sangue (6,6%), fibrilação atrial (20,7%), paragem cardíaca (3,4%), insuficiência cardíaca (35,9%) e acidente vascular cerebral (5,3%).
Um dado preocupante é a mortalidade entre homens, que foi mais que o dobro da observada nas mulheres — 11,2% contra 5,5%. Esses números reforçam a necessidade urgente de aprimoramentos no tratamento e manejo da doença para melhorar os resultados clínicos.
O estudo conclui que, apesar do avanço da medicina, a cardiomiopatia de Takotsubo ainda representa um desafio significativo para a cardiologia, exigindo maior atenção e desenvolvimento de estratégias eficazes para reduzir a mortalidade e as complicações associadas.
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