Um homem residente em South Lake Tahoe, na Califórnia (EUA), foi diagnosticado com peste negra, confirmou o Departamento de Saúde Pública do estado em comunicado divulgado esta quinta-feira.
O paciente encontra-se sob cuidados médicos e a recuperar em casa. As autoridades acreditam que a infeção terá ocorrido após a picada de uma pulga infetada durante um acampamento na região.
Segundo Kyle Fliflet, diretor interino de Saúde Pública do condado de El Dorado, “a peste está naturalmente presente em muitas partes da Califórnia, incluindo áreas de maior altitude. É importante que as pessoas tomem precauções para si próprias e para os seus animais de estimação quando estão ao ar livre, especialmente ao caminhar, fazer trilhos ou acampar em zonas onde existem roedores selvagens”.
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A peste bubónica, também conhecida como peste negra, é causada pela bactéria Yersinia pestis. Foi responsável, no século XIV, pela morte de cerca de 75 a 200 milhões de pessoas, correspondendo a 30% a 50% da população da Europa, Ásia e África. Apesar de continuar a surgir ocasionalmente, a doença é hoje menos contagiosa e menos letal, podendo ser eficazmente tratada com antibióticos, sobretudo quando diagnosticada precocemente, pode ler-se no O Globo.
Nos Estados Unidos, a peste foi introduzida em 1900 através de navios infestados de ratos. Desde então, a bactéria estabeleceu-se em populações de roedores selvagens no Oeste do país. Atualmente, os casos humanos são raros: desde 2000, registam-se em média menos de dez por ano. O último caso no condado de El Dorado tinha ocorrido em 2020, também na região de South Lake Tahoe.
Além do contacto direto com roedores, cães e gatos podem transportar pulgas infetadas para dentro das habitações, aumentando o risco de transmissão. Os sintomas da doença incluem febre, náuseas, fraqueza e inchaço doloroso dos gânglios linfáticos.
No Brasil, o último caso humano de peste bubónica foi registado em 2005, no município de Pedra Branca, Ceará.
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