Desporto

Hexacampeã Teresa Bonvalot realça bom momento do surf feminino português

Notícias de Coimbra com Lusa | 34 minutos atrás em 18-06-2025

A surfista Teresa Bonvalot, que se sagrou no fim de semana campeã nacional pela sexta vez, mostrou-se feliz pelo feito, mas destacou também o bom nível que as atletas lusas estão a demonstrar a nível internacional.

PUBLICIDADE

publicidade

“Foi especial ganhar mais um título. É sempre bom levar a vitória. Mesmo que esteja mais focada nas provas internacionais, tive a oportunidade de estar em Portugal durante as etapas da Liga e é sempre uma oportunidade para competir e para me preparar para as outras competições. Sempre que entro para a água é para tentar ganhar”, lançou à Lusa a surfista de 25 anos.

PUBLICIDADE

‘Teresinha’ tornou-se hexacampeã na quarta etapa da Liga, disputada na praia de Santa Bárbara, em São Miguel, nos Açores, tendo já conquistado também as provas no Porto e na Ericeira, e sendo segunda na Figueira da Foz, quando apenas falta disputar uma etapa, em Peniche.

Paralelamente, a surfista do Sporting também esteve em destaque no Newcastle Surfest, na Austália, primeira prova do circuito Challenger Series (CS), que dá acesso à elite da Liga Mundial de Surf (WSL), tal como as compatriotas Francisca Veselko e Yolanda Hopkins.

“Foi um bom começo na Austrália, só podia estar mais contente se tivesse vencido, mas acho que foi um feito histórico para Portugal. A Francisca [Veselko] ganhou, eu fiquei em terceira e a Yolanda [Hopkins] em quinta, algo que nunca aconteceu para os portugueses. Mostra o bom momento que está a atravessar o surf feminino português”, vincou.

A próxima etapa, o Ballito Pro, vai decorrer entre 30 de junho e 06 de julho na África do Sul, onde, além das três surfistas lusas, também vão estar em ação os portugueses Afonso Antunes e Frederico Morais, ex-top mundial, que tiveram prestações discretas na Austrália.

“É para continuar, ainda há muito campeonato pela frente e mal posso esperar pela próxima etapa. Vou viajar para a África do Sul já para a semana para me preparar. É uma onda que conheço e em que me dou bem, por isso, tem tudo para correr bem”, sublinhou.

Questionada sobre o acréscimo de ‘última hora’ de mais duas provas (Pipe Challenger, no Havai, e nova visita ao Newcastle Surfest, na Austrália) ao circuito secundário (CS), a olímpica portuguesa considerou que é favorável.

“Acho positivo o alargamento do número de etapas. Sendo um circuito, faz todo o sentido ter mais provas. Não só nos dá mais oportunidades para mostrar o nosso surf, mas em novos sítios, e isso é excelente para a nossa evolução”, afirmou.

Depois de ter começado no início do mês na Austrália, o CS vai para a África do Sul, depois para os Estados Unidos, em julho, seguindo para Portugal (Ericeira Pro, de 29 de setembro a 05 de outubro), para o Brasil (Saquarema Pro), para o Havai (Estados Unidos) e terminando na Austrália, no mesmo sítio onde começou.

“Estamos todas nas Challenger Series à procura de um lugar no Championship Tour (CT) e, ao termos mais competições, ficamos melhor preparadas para quando lá chegarmos”, reforçou a cascalense.

E rematou: “O início da época está a ser muito positivo, mas vai continuar a ser cada vez mais intenso. Já ando nisto há uns anos, a vida de um atleta nem sempre é estar lá em cima, por vezes estamos em baixo, há sempre altos e baixos, e a forma como ultrapassamos esses momentos mais difíceis, esses obstáculos, é o que nos dá força para continuar”.

PUBLICIDADE

PUBLICIDADE