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Hamas anuncia que chegou a “acordo que prevê o fim da guerra em Gaza”

Imagem: MAHMUD HAMS / AFP
O Hamas revelou hoje que foi alcançado um “acordo para pôr fim à guerra em Gaza”, sublinhando que permite a entrada de ajuda humanitária, implementa uma “troca de prisioneiros” e garante a saída das forças israelitas.
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, saudou hoje o anúncio de cessar-fogo em Gaza que inclui a libertação de reféns, pedindo a Israel e ao grupo islamita Hamas que “respeitem integralmente” o acordado.
O Governo israelita vai reunir-se hoje às 17:00 (15:00 em Lisboa), para aprovar o plano de paz para Gaza, que Israel e o Hamas concordaram em assinar, disse à EFE fonte governamental.
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O acordo, referente à primeira fase do plano e anunciado pelo presidente norte-americano, Donald Trump, vai envolver um cessar-fogo e a libertação dos 48 reféns em Gaza, o que, segundo Trump, vai ocorrer na segunda-feira.
As autoridades israelitas estimam que “cerca de 20” reféns ainda estejam vivos.
Israel e o Hamas ainda não chegaram a acordo sobre a lista dos 1.950 prisioneiros palestinianos que podem vir a ser libertados em troca dos reféns.
Antes da libertação dos prisioneiros, o Exército israelita deve recuar para a denominada “linha amarela” estipulada pelos Estados Unidos, marcando a primeira fase da retirada do enclave.
Esta linha vai permitir às tropas israelitas permanecerem em Gaza, num perímetro de aproximadamente 1,5 quilómetros no ponto mais estreito e de 6,5 quilómetros no ponto mais largo, garantindo a presença militar israelita em quase metade do enclave palestiniano.
De acordo com o jornal israelita Haaretz, esta primeira retirada vai permitir que as milícias de Gaza, lideradas pelo Hamas, possam localizar todos os reféns.
Após a assinatura, o Hamas afirmou em comunicado que, “após negociações responsáveis e sérias” sobre a proposta do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, as partes chegaram a um acordo que implica “o fim da guerra de extermínio” contra o povo palestiniano e “a retirada da ocupação” da Faixa de Gaza.
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