Coimbra

Habitação domina críticas da Latada. Mas faltaram os recados internos

António Alves | 7 meses atrás em 08-10-2023

A falta de espaços para os estudantes foi o principal alvo das críticas dos estudantes conimbricenses. Cortejo da Latada fica também marcado pelos reduzidos problemas internos divulgados.

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Foi, claramente, um desfile marcado este domingo, 8 de outubro, pelas deficientes condições de habitação com que os estudantes vindos de fora encontram para poderem estudar nas instituições de ensino superior conimbricenses.

A liderar este protesto esteve a Direção-Geral da Associação Académica de Coimbra que, no início do cortejo, usou um andor com um “enorme” bilhete de avião em cima.

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O presidente João Pedro Caseiro explicou ao Notícias de Coimbra que este ingresso foi direcionado para os estudantes que concluíram o ensino superior e que “para terem carreiras e salários dignos têm de emigrar”.

Depois, na tarja que encabeçou o cortejo, a mensagem escolhida foi “estudantes deslocados, estudantes desalojados”. “Em Coimbra, temos 70% de estudantes deslocados, uma média muito superior à maioria das academias em Portugal”, referiu.

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Veja o Direto Notícias de Coimbra com João Pedro Caseiro

 

Os estudantes que moram na Real República Ay-Ó-Linda quiseram mostrar o seu descontentamento. Usando um carro feito de madeira, e onde transportaram as bebidas e os alimentos para o resto do percurso, o porta-voz pediu o apoio do município para a manutenção destas casas históricas de acolhimento de estudantes.

“As Repúblicas são um espaço que consegue oferecer quartos a um preço muito mais acessível e a sua cultura ou forma como educamos os novos estudantes a viver Coimbra e o espírito boémio académico devia levar a autarquia a olhar para nós com outros olhos”, disse.

Veja o Direto Notícias de Coimbra com a Real República Ay-Ó-Linda

 

Ao longo do desfile, eram vários os panos com críticas ao elevado preço dos quartos e das habitações na cidade. Houve, mesmo, quem falasse na possibilidade de se passar a viver “nas Químicas” ou, até mesmo, “debaixo da ponte”.

Caloiros da Faculdade de Ciências de Tecnologia usaram mesmo bacias da cor da faculdade para, em jeito de ironia, tentarem alugar as “suas carapaças” ao valor unitário de 500 €/mês.

Caloiros do ISEC andaram em grande parte do desfile a empurrar meia viatura automóvel. O objetivo era fazer a publicidade a um T0 “com todas as condições, até mesmo uma banheira generosa” pelo custo mensal de 500€.

De fora das críticas ficaram os problemas internos da academia, cabendo a espaços ao novos alunos de Arquitetura andarem pelos passeios a “pedir uma moedinha” para renovarem os espaços do Departamento. Ou um conjunto de estudantes de Medicina a lembrarem que os futuros formandos serão “Med in China”.

Veja o Direto Notícias de Coimbra com o início do Cortejo da Latada

 

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