Coimbra

Habemus PPP de Casimiro Simões em outubro!    

Notícias de Coimbra | 5 anos atrás em 31-08-2019

 

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O jornalista Casimiro Simões vai lançar na Lousã, no dia 26 de outubro, um livro em memória de António Arnaut e Louzã Henriques, como contributo simbólico para preservar a obra pública de dois portugueses de grande envergadura ética e cívica que lutaram pelo derrube da ditadura.

Intitulada “PPP – Pessoas, Pensamentos e Palavras”, a obra será apresentada num espaço da vila a designar, às 15:00, precisamente no dia em que o autor celebra 60 anos, 30 dos quais a exercer a profissão de na Lusa – Agência de Notícias de Portugal.

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Há 10 anos, em 31 de outubro de 2009, a apresentação do seu primeiro livro, intitulado “Com as botas do meu pai – Pegadas do poder autárquico na vila de Vale Tudo”, coube ao antigo ministro dos Assuntos Sociais António Arnaut, advogado, escritor e fundador do Serviço Nacional de Saúde, e ao psiquiatra e etnólogo Louzã Henriques, autor do prefácio, aos quais se juntou o ator Adriano Carvalho.

Recorde-se que essa sessão, muito participada, decorreu num ambiente de bom humor, no auditório da Biblioteca Municipal da Lousã, com um burro carregado de livros à porta, onde também marcaram presença o tocador de concertina Aires Joaquim e sua mulher, a cantadeira Júlia Simões.

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Desta vez, na ausência física de Arnaut e Louzã, falecidos em 21 de maio de 2018 e 29 de julho deste ano, respetivamente, Casimiro Simões decidiu homenagear os dois antifascistas pelos seus exemplos de entrega aos outros, os quais durante décadas o honraram com a sua amizade, com uma viagem pela fraternidade democrática e pela liberdade de expressão.

Nesta incursão literária, a quarta, estarão a seu lado mais companheiros e companheiras de diversas jornadas que se cruzam aqui e ali com as de António Duarte Arnaut e Manuel Louzã Henriques: na Lousã, em Coimbra, na Pátria e no mundo, no jornalismo, nas repúblicas de estudantes e nas raízes comuns de alguns dos protagonistas da obra.

O músico José Mário Branco, que morou na República dos Kágados, em Coimbra, nos anos 60 do século XX, 20 anos antes do jovem universitário Casimiro Simões, partilha um poema seu a abrir esta “PPP” – salvo seja! – da fraternidade, que terá prefácio escrito por Teresa Alegre Portugal, ex-vereadora da Cultura de Coimbra.

O antigo preso político José Mário Branco fez amizade no cárcere com Louzã Henriques e Carlos Almeida, arquiteto e criador dos “Postais do Zé Serrano”, outrora publicados no quinzenário Trevim, e que também entra neste conjunto de textos inéditos e outros dispersos por jornais nos quais o autor assinou colaboração diversa, durante mais de 30 anos, como As Beiras, Jornal de Coimbra, Campeão das Províncias e Trevim, além de livros e outras publicações.

Têm igualmente lugar neste volume os seus pais, Joaquim Simões e Maria da Conceição Soares, o seu irmão mais velho, José Augusto, que morreu no passado dia 20 de julho, o padre Miguel Lencastre, antigo republico e boémio de Coimbra, o jornalista lousanense João Mesquita, o ex-delegado regional do INATEL João Fernandes, também ligado à Lousã por laços familiares, o tocador de concertina Manuel Serra, o empresário luso-brasileiro Miguel dos Pregos, o ensaiador de ranchos João Arranca, os professores universitários Orlando de Carvalho e José Luís Câmara Alves, o advogado Luís Carlos Silva, antigo presidente do Ateneu de Coimbra, a professora e ativista cultural Palmira Sales, o seu irmão José Adelino Sales, carteiro e músico, o eurodeputado socialista Fausto Correia e o sindicalista Kalidás Barreto, entre muitos outros.

Algumas destas figuras já não estão entre nós, mas, com este livro, Casimiro Simões pretende ajudar a manter a memória de todas bem viva, ou pelo menos mais conhecida na comunidade e entre os amigos e amigas, quando se completam 45 anos do 25 de Abril, 50 da Crise Académica de 1969 e 90 do nascimento do cantor Zeca Afonso, eterno trovador da liberdade.

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