Deixe-se encantar por uma cidade romana tão antiga que pouco resta dela, mas cada pedaço ajuda-nos a conhecer o passado de Coimbra.
A cidade de Coimbra é um destino turístico português que deslumbra qualquer visitante. Quem explora a cidade dos estudantes pode encontrar-se com um vasto conjunto de monumentos fantásticos: igrejas, mosteiros, a Universidade, que é o ex-libris da cidade, entre muitos outros pontos de interesse.
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Contudo, a maioria das pessoas que visita esta cidade encantadora desconhece que antes de Coimbra existir, houve uma cidade que teve grande importância no período romano, o seu nome era Aeminium.
É no itinerário de Antonino que visava fixar os pontos de passagem das vias romanas no mapa de Portugal que surge a primeira referência à existência de Aeminium. Embora esse tempo esteja muito distante, atualmente, ainda podemos encontrar alguns dos vestígios dessa cidade.
Deixe-se encantar por uma cidade romana tão antiga que pouco resta dela, mas cada pedaço ajuda-nos a conhecer o passado de Coimbra.
Há uma cidade perdida em Coimbra com mais de dois milénios. Por baixo desta cidade encantadora, há um mundo inteiro por descobrir, uma cidade romana que até é desconhecida por muitos dos moradores de Coimbra. Ainda é possível encontrar vestígios desta antiga cidade romana que se chamou Aeminium ou Emínio e que nasceu há 2000 anos.
No Museu Nacional Machado de Castro, também se podem encontrar muitos dos vestígios da antiga cidade. Neste espaço, encontram-se preservados esses elementos que nos ajudam a compreender a importância que essa cidade teve na época para o império romano.
Essa cidade chamada Aeminium serviu como um entreposto comercial que desempenhou um papel fundamental para o desenvolvimento da região e que chegou a rivalizar com a vizinha Conimbriga. Ambas as cidades eram cruzadas por uma estrada romana, que permitia ligar Olisipo a Bracara Augusta.
Aeminium foi fundada no tempo de Augusto (27 a.C. – 14 d.C.), o primeiro imperador de Roma. Esta cidade romana tornou-se numa das cidades do Norte mais importantes da província da Lusitânia. A relevância desta cidade resultou da sua localização estratégica.
Sob o principado deste imperador, Aeminium foi escolhida para capital regional. Devido às vantagens do sítio, da sua posição, situada entre a costa e o interior montanhoso, esta cidade romana permitia garantir um controlo da passagem do rio Alva, cujas areias eram ricas em ouro.
Para a construção desta cidade, foi precisa a edificação do criptopórtico que permitia contornar o declive da colina e estabelecer-se uma plataforma artificial. Infelizmente, poucos vestígios restam dessa época, mas o criptopórtico é uma das memórias físicas desse tempo.
Este termo complicado refere-se a um complexo de galerias abobadadas subterrâneas. Um criptopórtico era algo caraterístico da arquitetura romana. Era utilizado como plataforma de sustentação de estruturas erigidas à superfície em terrenos instáveis e/ou inclinados. Também foi usado com outros propósitos, nomeadamente como espaço de armazenamento de produtos perecíveis, como mercado coberto ou outros fins.
Ora, este da antiga cidade romana consiste num dos criptopórticos mais belos e originais do mundo. Ele foi erigido para impedir o declive da colina, ao criar uma plataforma artificial que permitiu suportar a estrutura do fórum. Esta construção da antiga cidade romana suportava o pátio e os edifícios contíguos e manteve-se sem alterações até à atualidade.
Este edifício romano tem a maior área construída conservada no nosso país. O criptopórtico ajuda a evidenciar a importância da “Coimbra antiga” na época romana. A conservação do criptopórtico deveu-se ao facto de ter sido edificado um palácio de um membro do clero sobre o fórum durante a Idade Média. É neste edifício que o Museu Machado de Castro se encontra albergado.
O Museu Nacional Machado de Castro encontra-se presente onde outrora se encontrava o fórum romano. O fórum local servia como centro político, religioso e administrativo de Aeminium, estando presente na intersecção de duas estradas principais, o cardo e o decumanus.
Ambas as ruas foram usadas no planeamento da cidade romana, apresentando uma orientação similar aos pontos cardinais: norte-sul, este-oeste. O criptopórtico foi substituído na Idade Média pelo palácio episcopal e, posteriormente, pelo Museu nacional Machado de Castro, mais precisamente no século XX.
No Museu Nacional Machado de Castro, poderá visitar as estruturas do criptopórtico. Está exposto um conjunto de esculturas formidáveis no criptopórtico. Estas obras retratam as Lívia e Agripina (imperatrizes) e Trajano e Vespasiano (os imperadores).
O busto do imperador Trajano, de origem hispânica, era parte de uma estátua de grandes proporções que tinha sido colocada no Fórum. Esta obra escultórica terá sido esculpida nos primeiros anos do século II.
Localização: Largo Dr. José Rodrigues, 3000-236 Coimbra
Horário de visita: De terça-feira a domingo. De outubro a março, das 10:00 às 12:30 e das 14:00 às 18:00. De abril a setembro, das 10:00 às 18:00.
Este espaço encerra às segundas, no dia 1 de janeiro, no domingo de Páscoa, no dia 1 de maio e no dia 25 de dezembro.
Contactos: +351 239 853 070 / mnmachadodecastro@imc-ip.pt
Mais informações, aqui.
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