Portugal

Há um sniper israelita de férias em Portugal

NOTÍCIAS DE COIMBRA | 2 horas atrás em 15-07-2025

Imagem: X

A organização não-governamental belga Fundação Hind Rajab apresentou uma queixa-crime no Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Lisboa, exigindo a detenção imediata de Dani Adonya Adega, alegadamente sniper do exército israelita, que se encontra de férias na capital portuguesa.

A ONG acusa o militar de estar envolvido em violações do direito internacional humanitário, incluindo o assassinato de civis durante um cessar-fogo e apropriação indevida de bens civis durante a mais recente ofensiva militar israelita na Faixa de Gaza.

A queixa-crime foi formalizada por Carmo Afonso, advogada portuguesa de direitos humanos, com base na Lei n.º 31/2004, que estabelece a responsabilidade penal por crimes de guerra, genocídio e crimes contra a humanidade.

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Segundo a organização, Dani Adega é atirador furtivo do 8114.º Batalhão, integrado na 252.ª Divisão das Forças de Defesa de Israel (IDF) — unidade alegadamente responsável pelo chamado “corredor da morte” em Netzarim, um acesso onde, segundo a fundação, milhares de civis, incluindo crianças, terão sido abatidos por snipers de forma sistemática.

Uma das provas apresentadas é uma fotografia publicada pelo próprio Adega na sua conta de Instagram, onde surge armado num edifício em Gaza. Na legenda da imagem, publicada durante um período de cessar-fogo em 2025, escreveu: “4 rounds, 0 misses 🎯🔥” (“4 tiros, 0 falhas”).

A ONG refere que mais de 170 civis palestinianos terão sido mortos durante esse cessar-fogo, e considera que a publicação constitui uma admissão pública de atos potencialmente criminosos.

“Adega anda livremente numa capital europeia depois de se gabar das mortes por atiradores”, lê-se no comunicado da ONG, que exige a sua imediata detenção por parte das autoridades portuguesas.

A fundação considera que o caso representa um teste ao compromisso de Portugal com o direito internacional e os direitos humanos:

“Esta não é apenas uma questão de justiça para Gaza — é um teste para Portugal”, conclui a nota.

Até ao momento, as autoridades portuguesas ainda não se pronunciaram oficialmente sobre o pedido de detenção.

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