Saúde

Há um novo tipo de diabetes

NOTÍCIAS DE COIMBRA | 7 horas atrás em 16-05-2025

A Federação Internacional de Diabetes reconheceu recentemente a diabetes tipo 5 como uma forma distinta da doença, sublinhando que o universo da diabetes é bem mais complexo do que as tradicionais categorias tipo 1 e tipo 2 fazem crer.

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Esta nova classificação refere-se a uma forma de diabetes associada à desnutrição durante a infância, sendo mais comum em países com baixos níveis de rendimento. Estima-se que entre 20 a 25 milhões de pessoas em todo o mundo sofram desta variante, que resulta de um desenvolvimento deficiente do pâncreas, devido à falta de nutrientes cruciais nas fases iniciais da vida.

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Ao contrário da diabetes tipo 1, que é de origem autoimune, e da tipo 2, frequentemente ligada ao excesso de peso e à resistência à insulina, a tipo 5 não decorre de uma resposta imunitária nem está associada ao estilo de vida atual. Nestes casos, o pâncreas simplesmente não se desenvolveu em pleno, limitando a capacidade do corpo de produzir insulina suficiente, pode ler-se na The Conversation.

Experiências laboratoriais com animais já tinham sugerido que dietas pobres em proteína durante a gravidez ou o crescimento podiam afetar de forma permanente o desenvolvimento pancreático. Agora, a comunidade científica reconhece formalmente este padrão também em humanos.

A distinção da diabetes tipo 5 representa um avanço importante na abordagem à doença a nível global, especialmente nos países onde a malnutrição infantil continua a ser uma realidade. Esta classificação poderá permitir diagnósticos mais precisos e tratamentos mais eficazes, ajustados às necessidades específicas destes doentes.

A par da diabetes tipo 5, os especialistas alertam que já foram identificados mais de uma dezena de subtipos de diabetes, muitos dos quais continuam pouco conhecidos. Entre eles, destacam-se formas genéticas raras, tipos induzidos por tratamentos médicos, diabetes gestacional e a chamada tipo 3c, resultante de danos no pâncreas.

Esta evolução no reconhecimento das diferentes variantes de diabetes vem reforçar a necessidade de personalizar o tratamento e repensar as estratégias globais de saúde, para garantir que nenhum doente é deixado para trás devido a classificações demasiado generalistas.

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