Crimes

Há suspeitas que fogos tenham sido ateados através de drones

NOTÍCIAS DE COIMBRA | 4 horas atrás em 29-07-2025

Portugal vive dias de grande tensão devido aos incêndios que assolam várias regiões do país.

PUBLICIDADE

publicidade

Em Ponte da Barca, há suspeitas de fogo posto com recurso a drones no incêndio que lavra há três dias na freguesia de Lindoso. O alerta foi dado às 21:47 de domingo, 27 de julho, e desde então as chamas não deram tréguas.

PUBLICIDADE

As autoridades, incluindo a Polícia Judiciária e a GNR, investigam o caso, mas mantêm reserva sobre as causas, apesar de haver relatos de que “se ouve falar dessas suspeitas”, segundo um inspetor da PJ ouvido pelo Expresso.

Apesar de não haver, até ao momento, evidências de motivações económicas por detrás deste tipo de criminalidade, o cenário levanta preocupações graves no seio das autoridades de segurança e proteção civil.

No terreno, o foco da maior preocupação está agora em Arouca, onde um incêndio de grandes proporções está fora de controlo e ameaça várias aldeias. Com quatro frentes ativas e uma floresta pronta para corte, a situação é descrita como “dramática” nas primeiras horas desta terça-feira. A Proteção Civil admite retirar populações, caso o avanço das chamas continue a colocar vidas em risco.

“Ponte da Barca, Arouca e Penamacor são os grandes incêndios que temos, todos estão guarnecidos com meios aéreos”, afirmou ao Expresso o comandante Elísio Pereira, oficial de serviço no Comando Nacional da Proteção Civil.

Durante a madrugada, os bombeiros foram reforçados com equipas de todo o país. Arouca recebeu cinco grupos de Lisboa, Viseu, Alentejo e Setúbal. Viana do Castelo foi reforçada com operacionais de Trás-os-Montes, Porto, Douro e Vale do Ave. Em Penamacor, os reforços chegaram de Lisboa e do Oeste.

Apesar da mobilização nacional, o receio de que um novo incêndio de grandes dimensões surja nos distritos de Coimbra, Aveiro, Viseu ou Santarém é real. “A situação é difícil. Qualquer ignição tem que ser combatida de forma musculada e os meios são finitos”, sublinha o comandante Elísio Pereira.

A meteorologia também não joga a favor: temperaturas elevadas e vento de leste continuarão a afetar o país até à primeira semana de agosto, com escassos dias de maior humidade, alerta o climatologista Mário Marques. Quase todo o território nacional está sob aviso amarelo devido ao calor e em risco extremo de incêndio.

Com os recursos sob pressão e o país em alerta máximo, as próximas horas serão decisivas para travar o avanço das chamas e proteger as populações.

PUBLICIDADE

publicidade

PUBLICIDADE