Saúde

Há mais pessoas a sofrerem de depressão. Conheça os comportamentos

Notícias de Coimbra | 1 ano atrás em 21-04-2023

Esteja atento porque o seu corpo dá sinais. Vários estudos apontam para pessoas viciadas no trabalho e que têm problemas com o sono que são mais propensas a desenvolver algum tipo de depressão, por isso é melhor ter cuidado com a sua saúde.

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Segundo Fernanda Barletta, psicanalista e terapeuta cognitivo comportamental, pesquisas apontam diferenças físicas e químicas no cérebro até fatores de risco socioambientais. A complexidade da depressão é o que a torna uma condição desafiadora para diagnosticar e tratar. 

De acordo com a Organização Mundial da Saúde, mais de 300 milhões de pessoas em todo o mundo vivem com depressão. Embora a experiência seja compartilhada por muitos, os fatores contribuintes serão diferentes para cada pessoa. Há alguns fatores de que não temos controlo, como genética, explica a profissional. No entanto, há outros, como alimentação, que podem ser alterados sempre que possível. Embora fazer uma mudança não necessariamente previne a depressão, pode ajudar a reduzir o risco.

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A depressão é comum a todos nós. De acordo com pesquisas, a depressão afeta milhões de pessoas, incluindo crianças, no mundo todo.

“O fato é que a genética tem um papel importante na vida do ser humano. Um estudo publicado no The American Journal of Psychiatry, em 2019, descobriu que pessoas com predisposição genética para depressão grave têm um risco maior para tentativas de suicídio e para transtornos psiquiátricos”, conta a psicanalista.

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A depressão é mais comum “em pessoas que sofram de doenças crónicas, como esclerose múltipla, diabetes tipo 2 e enxaquecas. Pesquisas mostraram que as condições crónicas de dor podem causar alterações bioquímicas que levam a sintomas de depressão. Uma pessoa com dor crónica pode ficar deprimida devido à sua situação, especialmente quando está a enfrentar uma perda. Condições como a ansiedade e a depressão são outros fatores”, refere Fernanda Barletta.

Certas questões hormonais podem aumentar o risco de depressão também. Por exemplo, as alterações hormonais associadas ao ciclo menstrual, gravidez, parto e menopausa podem contribuir. Estima-se que cerca de 1 em cada 9 mulheres possam ter sofrido depressão pós-parto, além de pais e mães que relatam a experiência no primeiro ano após o nascimento de uma criança.

 Um outro fator de risco é o trauma na infância. Experiências Adversas na Infância são conhecidas por aumentar o risco de uma pessoa desenvolver doenças físicas mentais e crônicas, incluindo depressão. Para além disso, certos traços de personalidade, como “a baixa autoestima, pessimismo, neurótico e autocrítico ou perfeccionista têm sido associados a uma maior tendência à depressão e outras condições de saúde mental, como ansiedade e transtornos alimentares”, diz.

 Vários estudos indicaram que o uso de redes sociais pode desencadear sintomas depressivos e ansiedade por insegurança, comparação, “medo de perder”,  e bullying/assédio (que, seja vivenciado pessoalmente ou online, aumenta o risco de vida de uma criança para a depressão). “Um estilo de vida sedentário e estar socialmente isolado são dois fatores que podem contribuir para a saúde mental ruim independente dos hábitos das mídias sociais. Mas as pesquisas não tem sido tão ruim. A tecnologia, a internet e as media sociais também podem ser úteis para ajudar a detectar e gerenciar a depressão”, prossegue.

A experiência de cada pessoa de conviver com a depressão vai variar, assim como os fatores individuais que contribuem para o desenvolvimento e o curso da condição. Doenças mentais são comuns e tratáveis, mas pode levar tempo para encontrar o tratamento mais seguro e eficaz. Trabalhar com profissionais de saúde mental, desenvolver estratégias no trabalho e na escola e ter apoio da família e amigos são de vital importância para cada pessoa que vive com depressão, bem como aqueles com fatores de risco para desenvolver a condição durante a vida.

 

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