Saúde

Há cada vez menos nascimentos e mulheres são mães cada vez mais tarde

Notícias de Coimbra com Lusa | 5 horas atrás em 18-06-2025

Imagem: depositphotos.com

O número de partos diminuiu em Portugal no ano passado para 80.059, menos 1.059 do que em 2023, após dois anos de aumento, revelou hoje o Instituto Nacional de Estatística (INE).

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O INE destacou o decréscimo verificado nos Açores (-8,7%).

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“Os dados revelam que, nos últimos 20 anos, a idade das parturientes tem aumentado: a proporção de partos de mães entre os 35 e os 39 anos passou 14% para 24%”, referiu o INE no destaque hoje divulgado.

Entre 2023 e 2024, o número de partos apenas aumentou na Região Autónoma da Madeira (+2,4%), no Oeste e Vale do Tejo (+1,2%), na Grande Lisboa (+0,9%) e na Península de Setúbal (+0,1%), segundo a mesma fonte.

“Nas restantes regiões, observou-se um decréscimo que foi mais acentuado na Região Autónoma dos Açores (-8,7%), mas também no Norte (-3,5%) e no Alentejo e no Algarve (em ambos os casos, -2,4%)”, de acordo com o INE.

Do total de partos ocorridos no ano passado, 99,7% (83.772) foi de mulheres residentes no país e 0,3% (287) de residentes no estrangeiro.

Em 2024, a proporção de partos de mães de nacionalidade estrangeira foi de 26,3%, um indicador mais expressivo em municípios do Algarve e da Grande Lisboa e menos frequente nas Regiões Autónomas, no norte e centro e no interior alentejano.

“Mais de metade das mulheres eram de nacionalidade estrangeira em Aljezur (68,4%), Vila do Bispo (64,7%), Odemira (62,5%) e Albufeira (52,8%)”, lê-se no documento, em que se destaca ainda, pela proporção superior a 45%, os municípios de Pedrógão Grande (50,0%), da Amadora (48,1%), do Entroncamento (47,2%) e de Odivelas (45,5%).

Em 80% dos partos realizados em 2024, as mães tinham entre 25 e 39 anos (67.201 partos), sendo que num terço do total de partos as mulheres tinham entre 30 e 34 anos.

No mesmo ano, ocorreram 20 partos de menores com idades compreendidas entre 10 e 14 anos.

Dos 84.059 partos realizados no ano transato, 71,3% teve assistência por médico, 27,9% por enfermeira parteira. Uma percentagem de 0,8% teve assistência por enfermeira não parteira, nenhuma ou desconhecida.

De acordo com os dados disponíveis, 82.911 partos realizaram-se num estabelecimento hospitalar, 841 em casa e 307 noutro local.

“A proporção de partos distócicos (com intervenções instrumentais como o fórceps e a ventosa, ou por cesariana) realizados em hospitais tem aumentado, em particular no que respeita às cesarianas: entre 1999 e 2023, passaram de 27% para 37% dos partos realizados em hospitais”, indicou o INE.

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