Cidade

Há bar e bar da AAC e ir e voltar de férias sem novo concessionário

Notícias de Coimbra | 6 anos atrás em 08-08-2018

Associação Académica de Coimbra  (AAC) decidiu abrir concurso para encontrar quem queira explorar o bar e esplanada do nº 1 da Padre António Vieira. 

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O prazo para entrega de propostas terminou no dia 15 de junho, mas, segundo fonte conhecedora do processo,  os dirigentes da AAC andam tão entretidos “a viajar entre os Jogos Universitários e as férias com parceiros” que ainda não tiveram tempo para dar satisfações a quem apresentou propostas.

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Notícias de Coimbra sabe que a concessão poderá estar a ser disputada por 4 concorrentes, mas estes ainda não sabem quem são os seus rivais, muito menos têm conhecimento se ganharam ou perderam.

Até hoje, 8 de agosto, quase um mês desde o último dia do prazo para apresentação de propostas, a AAC ainda não notiticou vencedor e vencidos.

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Ao adiar esta decisão, a AAC está a impedir que o futuro concessionário abra o espaço no inicio do ano escolar, um dos períodos mais lucrativos.

Recordamos que o contrato de concessão terminou no 31 de julho de 2018, altura em que os dois espaços deixaram de operar. 

Além de pagar uma renda mensal de 7500 euros, o futuro concessionário terá de suportar a limpeza diária e manutenção das áreas dos dois espaços.

Quem ficar com a concessão terá ainda de assegurar o pagamento da vigilância e segurança do estabelecimento, bem como todas as despesas inerentes ao funcionamento do estabelecimento.

O vencedor obriga-se a entregar um projecto de alterações de arquitectura, decoração e eficiência ecológica e energética, tendo ainda de tratar do licenciamento.

A apresentação de um programa de dinamização dos dois espaços é outra das exigências do procedimento concursal.

O futuro concessionário terá de começar do zero a todos os níveis, sem sequer saber o horário de funcionamento que pode praticar.

O concessionário está limitado à compra de produtos do Super Bock Group (ex-Unicer) e terá de comprar cerveja e cidra a preço de tabela!

Mas a AAC, que voltou a celebrar um acordo secreto com a Super Bock, promete, na qualidade de fornecedor de bebidas,  atribuir um prémio de desempenho ao futuro concessionário.

A carta convite assinada por Alexandre Amado (líder da AAC) e João Ferreira (Administrador da AAC) inclui uma cláusula que deu que falar no sector da restauração.

É a cláusula 3.20, onde se pode ler que “o futuro concessionário não poderá ter qualquer ligação, direta ou indireta, pessoal, económica ou outra, actual ou futura, com qualquer estabelecimento comercial que, pela sua natureza ou proximidade, de forma direta ou indireta, possa colidir com os interesses da AAC e do estabelecimento a concessionar”.

Fonte conhecedora do processo ironiza que esta é a “cláusula NB”. Recorda que dirigentes da AAC têm acusado o NB de não se empenhar na exploração dos seus bares porque o grupo prefere vender nos cafés, bares e discotecas que controla na zona, onde se destacam o café Cartola e o NB Club.

Antes da última Queima das Fitas, Notícias de Coimbra teve acesso a documentos mantidos em segredo pela AAC, Noite Biba e UNICER.

Em causa estavam  contratos que, em números redondos, poderiam render  3 milhões de euros (uma média de 600 000 euros por ano) à AAC.

Para receber esse montante a associação de estudantes teria de vender nas suas festas e nos seus bares pelo menos um milhão e meio de litros de cerveja.

Como a AAC não chegou a atingir essa “litragem” contratualizada, foi “obrigada” a efectuar novo acordo com a Super Bock, evitando a devolução de um elevado montante à cervejeira, que volta a ficar com mais 5 anos de fornecimento exclusivo de bebidas para as festas e bares da academia.

Notícias de Coimbra contactou a AAC, que, como vai sendo habitual quando não quer dar justificações, optou pelo silêncio.

 

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