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Guterres “lamenta profundamente” a saída dos Estados Unidos da Unesco

Notícias de Coimbra com Lusa | 52 minutos atrás em 22-07-2025

 O secretário-geral da ONU, António Guterres, lamentou hoje “profundamente” a saída dos Estados Unidos da Unesco, mas garante que aquela decisão não impedirá a organização de continuar com as suas atividades e a sua missão.

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“O secretário-geral lamenta profundamente a decisão dos Estados Unidos de se retirarem mais uma vez da Unesco”, afirmou o porta-voz de Guterres, Stéphane Dujarric, na sua conferência de imprensa diária.

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 Sublinhando que Guterres apoia o comunicado divulgado anteriormente de Paris pela diretora-geral da Unesco, Audrey Azoulay, no qual esta recordava que a organização duplicou os seus esforços “para atuar onde a missão do organismo possa contribuir para a paz.”

O Governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou hoje, em comunicado, a saída do seu país da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), que se tornará efetiva a 31 de dezembro de 2026, por considerar que a adesão à agência não contribui para os seus interesses nacionais.

A porta-voz do Departamento de Estado, Tammy Bruce, insistiu que a Unesco trabalha “para promover causas sociais e culturais divisivas” e o seu “enfoque desproporcionado” na “agenda globalista”, proposta pelos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU, contradiz a política externa dos “EUA, em primeiro lugar”, promovida por Trump.

Ao ser questionado na conferência de imprensa sobre as explicações dos Estados Unidos para a saída da Unesco, Dujarric disse não entender “muito bem o que é uma agenda globalista”.

“Acho que todos os Estados-membros tiveram alguma queixa sobre a forma como a organização funciona, como um todo, e o sistema de agências da ONU.

“A nossa mensagem para todos os Estados é: participem se quiserem mudar as coisas”, afirmou.

Dujarric destacou ainda que o financiamento da Unesco por parte dos EUA não se aproxima “nem de longe” da parte que financia a própria secretaria da ONU.

Trump, que já tinha anunciado a retirada do país da Organização Mundial da Saúde (OMS) em janeiro passado, tomou ações similares durante o seu primeiro mandato (2017-2021), terminando as adesões à Unesco, à OMS, ao Conselho de Direitos Humanos da ONU, ao Acordo de Paris sobre as alterações climáticas e ao pacto nuclear com o Irão.

Após assumir o poder em 2021, o agora ex-presidente Joe Biden anulou essas decisões e fez o país regressar à Unesco, à OMS e ao pacto sobre o clima.

Segundo Tammy Bruce, a partir deste momento a participação de Washington em organismos internacionais “centra-se em promover os interesses americanos com clareza e convicção”.

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