O secretário-geral da ONU acompanha “com grande preocupação” a entrada de drones russos no espaço aéreo polaco e alerta para o “risco real de expansão” do conflito ucraniano, indicou o porta-voz de António Guterres.
Na conferência de imprensa diária, Stéphane Dujarric disse que Guterres “acompanha com grande preocupação os relatos de que drones militares russos entraram na Polónia durante a noite, em violação do espaço aéreo polaco, resultando em danos nas zonas residenciais do país”.
O incidente, que ocorreu durante outro ataque em grande escala com drones e mísseis russos à Ucrânia, volta a sublinhar “o impacto regional e o risco real de expansão deste conflito devastador”, salientou o líder da ONU.
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Guterres voltou a defender a necessidade urgente de um cessar-fogo total e imediato e “de uma paz que defenda plenamente a soberania, a independência e a integridade territorial” da Ucrânia, em conformidade com a Carta das Nações Unidas, o direito internacional e as resoluções relevantes da ONU.
O primeiro-ministro polaco, Donald Tusk, confirmou que pelo menos 19 drones russos violaram o espaço aéreo da Polónia entre terça-feira à noite e esta madrugada, o que obrigou a ativar os sistemas de defesa e a abater pelo menos três dessas aeronaves não tripuladas.
Varsóvia invocou o artigo 4.º do Tratado do Atlântico Norte para solicitar consultas formais aos restantes países-membros da NATO, um bloco do qual fazem parte os Estados Unidos.
A NATO ajudou a intercetar drones que os ocidentais consideraram terem sido deliberadamente enviados durante a noite pela Rússia.
Varsóvia classificou a intrusão como “um ato de agressão”, enquanto a Rússia negou “ter intenções de atacar a Polónia” e mostrou-se disposta a iniciar consultas com esse país.
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