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Gulbenkian premeia Faculdade de Letras de Coimbra por nova oferta formativa

Notícias de Coimbra | 10 anos atrás em 09-05-2014

A Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra (FLUC) recebeu o prémio de Projeto Inovador no Domínio Educativo, da Fundação Calouste Gulbenkian, pela sua reforma da oferta formativa, que permite aos alunos a construção do seu percurso na licenciatura.

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O novo modelo, que deverá estar a funcionar no ano letivo 2015/2016, permite que os estudantes “tenham uma liberdade muito grande para escolher o seu percurso de ensino”, dando um perfil “de banda larga e de uma dimensão interdisciplinar muito evidente” às 13 licenciaturas da FLUC, explicou o seu diretor, José Pedro Paiva.

A reforma da oferta formativa prevê uma “formação geral”, em que o aluno de um dos 13 cursos da faculdade pode fazer “quatro cadeiras das outras doze licenciaturas”, e uma “formação complementar”, em que se propõe ao aluno que este faça cinco disciplinas “da mesma área do saber”, dentro ou fora da Faculdade de Letras, e que, com essa formação, consiga “obter um diploma de estudos menores nessa área”, referiu.

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Ou seja, um aluno “de Filosofia pode ter cinco cadeiras de História e ficar com um diploma de estudos menores em História”, para além da licenciatura, exemplificou José Pedro Paiva, referindo que “a ideia dos menores é uma forma de atrair estudantes de outras faculdades” e de permitir que a FLUC “não esteja fechada em si”.

Ao longo dos três anos de licenciatura, o estudante terá também de escolher três unidades curriculares “de iniciação” de 12 propostas pelos quatro departamentos da FLUC, tendo depois uma área de especialidade, que é “o núcleo do curso”, em que escolhe 18 cadeiras de 24 possíveis, havendo quatro unidades obrigatórias por licenciatura, contou o diretor da FLUC.

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Alguns dos cursos poderão apresentar uma oferta formativa “diferente”, devido a exigências particulares da licenciatura, acrescentou.

Para além da “liberdade de movimentos”, haverá também um “acompanhamento tutorial dos estudantes por uma equipa de docentes”, explanou o diretor da faculdade.

O prémio da Gulbenkian, no valor de cerca de 60 mil euros, é, para José Pedro Paiva, “muito útil” pelo “prestígio que acarreta”, destacando a mudança que a reforma traz ao “panorama do ensino das faculdades de letras em Portugal”.

A reforma, inspirada nos modelos anglo-saxónicos, permite transformar os alunos em “construtores dos seus percursos” académicos, podendo definir a sua formação “de acordo com os seus interesses”, frisou.

De acordo com José Pedro Paiva, a interdisciplinaridade “é decisiva no mundo contemporâneo”, acreditando que esta nova oferta curricular “vai criar gente mais bem preparada para se movimentar no mundo”.

Na mesma reforma, está também prevista a alteração do número de mestrados e a presença de uma unidade curricular fora da área dos cursos de 2.º ciclo, assim como a criação de uma prova no 2.º ano de doutoramento para avaliar “se o estudante deve ou não prosseguir” o 3.º ciclo de estudos, disse.

Este novo modelo deverá ser avaliado em Conselho Científico em julho, tendo depois de passar por uma aprovação no Senado da Universidade de Coimbra e submeter-se posteriormente à avaliação da Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior, informou.

 

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