Cidade

“Grupo de empresários da Baixa de Coimbra envia grito de desespero” ao executivo municipal

Susana Brás | 2 meses atrás em 19-02-2024

“Penso que todos recebemos um e-mail de um grupo de empresários da Baixa de Coimbra, que eles apelidaram como um grito de desespero e um pedido de ajuda que não devemos, nem podemos ignorar”, referiu, esta  segunda-feira, 19 de fevereiro, a vereadora do PS, Regina Bento.

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A autarca sustenta que no documentos, “são reportados exemplos concretos da insegurança que se vive na Baixa, relacionados com situações de tráfico de droga, violência e prostituição”, acrescentando “que os empresários nos últimos meses, tiveram conhecimento de que três empresas decidiram abandonar os seus escritórios na Baixa devido ao clima de insegurança e que cerca de 150 pessoas que circulam diariamente pelas ruas da Baixa estão a mudar os seus escritórios para outra zona da cidade e que uma dessas empresas planeia mesmo sair de Coimbra”.

Regina Bento mencionou que as “situações reportadas são a evidência da total ausência de qualquer estratégia para revitalizar esta zona da cidade que está cada vez mais a definhar, com lojas a fechar e com um clima de medo e de insegurança que afasta as pessoas”.

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A vereadora da oposição questionou, “porque não colocar alguns efetivos da Polícia Municipal a fazer giros regulares pela Baixa de Coimbra, que articulação está a ser feita com a PSP, ou se as câmaras de videovigilância instaladas estão a funcionar”. A intensificação da iluminação também foi mencionada.
“A Baixa é vital para o desenvolvimento de Coimbra, é a nossa montra e as pessoas que todos os dias aqui trabalham estão a ficar verdadeiramente desesperadas e desmotivadas”.

“Vamos reforçar [as câmaras de vigilância na Baixa]. O processo está a decorrer, vamos fazer um investimento que penso que é de 400 mil euros em câmaras de vigilância na Baixa, mas todo o processo é burocraticamente lento”, respondeu o presidente da câmara municipal, sublinhando que a ideia de um clima de insegurança nesta  zona “é exagerado”.

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José Manuel Silva considera que esse tipo de declarações se tornou quase numa obrigação que prejudica “a própria Baixa” e a sua imagem, referindo que a carta recebida era anónima.

O edil sublinhou, ainda, que a Polícia Municipal não tem “competências de segurança ou de investigação”, vincando que “as questões de segurança dizem respeito às forças de segurança, que no concelho são a PSP e a GNR, e que dependem do Governo.

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