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Greve Geral não trava Mercado de Natal em Coimbra

NOTÍCIAS DE COIMBRA | 15 minutos atrás em 11-12-2025

Apesar das paralisações em vários setores, no Mercado de Natal na Praça do Comércio em Coimbra o ambiente manteve-se tranquilo, como assegurou Maria Licínia, responsável pela banca Stones by Maria.

A aposentada — farmacêutica de formação e ex-professora — contou que, embora apoie a greve, não notou impacto na afluência ao mercado. “Eu concordo, é um direito dos trabalhadores, para defender as suas reivindicações”, afirmou, acrescentando que, no local, “não se nota” qualquer quebra. “Aqui não tenho visto movimento diferente. Nem mais, nem menos.”

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Sobre o seu próprio dia, explicou que a greve apenas alterou o plano inicial de deslocação: “Tinha pensado vir de comboio, mas já não vim porque estava previsto. Vim no meu automóvel. Não tive dificuldade nenhuma.”

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Ao longo das últimas semanas, Licínia garante que a afluência tem sido bastante positiva: “Durante o fim de semana tem sido muito bom, há espetáculos, há animação, isso atrai muitas pessoas.”

Ainda assim, aponta uma ausência que, diz, faz diferença: “O que eu acho falta este ano é o Pai Natal. Acho que era essencial para as crianças.”

A reformada contou ainda como nasceu o seu projeto artístico: “Eu não tinha nada a ver com artes na minha profissão. Sou farmacêutica de formação e fui professora. Aposentei-me há ano e meio, mas não gosto de estar parada.”

Foi assim que decidiu criar a marca Stones by Maria, dedicando-se à pintura de mandalas, presépios, telas e peças em pedra. “Gosto muito de pintar esta técnica… só sei isto, não sei mais”, disse entre risos.
Além do trabalho manual, valoriza profundamente a componente humana das feiras: “Conheço pessoas, converso, encontro pessoas que já não via há muito tempo. É muito bem-vindo nesta fase da vida.”

Quanto aos valores, a artesã explica que as peças variam entre 3 e 45 euros. “Hoje, pela primeira vez, vendi uma peça de 20 euros. As peças mais caras não costumam sair.”

Os estrangeiros são alguns dos melhores clientes: “Já vendi para suecos, polacos, espanhóis… levam na mesma, às vezes até pedras e tudo.” Já os portugueses, admite, preferem objetos mais pequenos e acessíveis.

No final da conversa, Maria Licínia agradeceu a visita e voltou a reforçar que, apesar da greve nacional, o Mercado de Natal segue sem sobressaltos.

O espírito festivo mantém-se aceso na Praça do Comércio — mesmo em dias de reivindicação.

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