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Coimbra

Greve encerrou escolas, cancelou consultas e deixou lixo nas ruas

Notícias de Coimbra | 10 anos atrás em 08-11-2013

A greve de hoje na função pública contra o agravamento da austeridade levou ao encerramento de escolas um pouco por todo o país, ao cancelamento de consultas médicas e deixou cidades sem transportes municipalizados e com o lixo nas ruas.

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As três grandes estruturas sindicais que convocaram a paralisação ficaram satisfeitas com “os elevados níveis de adesão” e consideram que, apesar das dificuldades económicas por que estão a passar, “os trabalhadores souberam dar uma resposta adequada ao Governo”.

A coordenadora da Frente Comum dos Sindicatos da Administração Pública considerou que “esta é, seguramente, a maior greve dos últimos anos”, com uma adesão média global entre os 70% e os 100% e com os níveis de adesão mais elevados nos setores da saúde, da educação e nas autarquias locais.

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“Esperávamos uma grande adesão à greve, sabemos do descontentamento e sabemos que mesmo com grandes dificuldades as pessoas preferem lutar pela sua estabilidade no emprego, pela defesa das funções sociais do Estado e foi isso que aconteceu”, afirmou Ana Avoila.

O secretário-geral da Federação Nacional dos Professores (Fenprof), Mário Nogueira, confirmou à agência Lusa que a greve de hoje teve “um impacto fortíssimo” na educação “com as escolas sem aulas e encerradas um pouco por todo o país”.

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A Federação Sindical da Administração Pública (FESAP) não divulgou números globais de adesão à greve, mas confirmou que o maior impacto da paralisação se notou na saúde e na educação, embora muitas autarquias tivessem também funcionado com muito poucos trabalhadores.

A vice-presidente do Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado, Helena Rodrigues, disse à Lusa que esta greve teve “uma adesão Muito significativa”, com uma adesão média global dos quadros e técnicos na ordem dos 75%, “o que foi uma boa resposta ao Governo”.

Os secretários-gerais da CGTP e da UGT, que acompanharam vários piquetes de greve, também se congratularam com os resultados da paralisação.

O secretário-geral da UGT, Carlos Silva, salientou “a grande adesão dos funcionários públicos à greve” considerando que souberam responder com “uma fortíssima mobilização” à “carga pesadíssima” que recai sobre eles.

O secretário-geral da CGTP, Arménio Carlos, disse que a greve de hoje teve uma das maiores adesões dos últimos anos, traduzindo uma “resposta à altura” dos trabalhadores face às políticas de austeridade do Governo.

A paralisação levou também ao encerramento de pelo menos 18 repartições de finanças e de 11 consulados e três embaixadas portuguesas em vários pontos do mundo.

As cidades de Braga e Coimbra não tiveram transportes rodoviários municipalizados e, como muitas outras do país, ficaram com o lixo por recolher.

A greve dos funcionários públicos foi marcada pelas estruturas sindicais do setor como forma de protesto contra novos cortes salariais e de pensões e o aumento do horário de trabalho, entre outras medidas.

A proposta de lei do Orçamento do Estado (OE2014) entregue dia 15 de outubro no Parlamento pela ministra das Finanças, Maria Luís Albuquerque, prevê que seja “aplicada uma redução remuneratória progressiva entre 2,5% e 12%, com caráter transitório, às remunerações mensais superiores a 600 euros de todos os trabalhadores das Administrações Públicas.

O subsídio de Natal dos funcionários públicos e dos aposentados, reformados e pensionistas vai ser pago em duodécimos no próximo ano, segundo a proposta de OE2014, que mantém a aplicação da Contribuição Extraordinária de Solidariedade (CES) sobre as pensões.

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