A manhã desta sexta-feira, 10 de outubro, começou com fortes perturbações no transporte público da cidade de Coimbra, devido à greve nacional de motoristas em que se incluem os dos SMTUC.
O Notícias de Coimbra acompanhou a situação na Avenida Fernão Magalhães, onde várias paragens de autocarros estavam vazias ou com passageiros surpreendidos pela paralisação.
Entre os utentes afetados, está Margarida, estudante de Farmácia, natural de Abrantes, que se deslocava a Coimbra para um estágio. “Estava aqui para uma reunião e não sabia mesmo que havia greve. Fui apanhada de surpresa, vou ter que esperar… se não aparecer, vou a pé. Isto transtorna um bocado a vida das pessoas, é uma vergonha”, contou a jovem.
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Margarida explicou ainda a dificuldade de transporte: “Vim de comboio e depois de autocarro, mas só havia um às 6:30. Já estou à espera há uns 20 minutos.” Outro passageiro, João Carlos, de Coimbra, partilhou experiência semelhante: “Já sabia desta greve, mas estou aqui à espera para ir almoçar.
Depois vou ter que apanhar um táxi para chegar a Santa Clara. Eles têm razão por um lado, mas prejudicam muitas pessoas. Cinco paralisações em 2025 já é muito e gera gastos grandes em táxis.”
Segundo dados recolhidos pelo Notícias de Coimbra junto dos SMTUC, desde as 5:30 até às 8:00 deviam ter saído 74 autocarros, mas apenas 4 circulavam, refletindo uma adesão de 95% à greve.
O episódio evidencia como as greves frequentes dos SMTUC têm impacto direto sobre estudantes, trabalhadores e utentes que dependem do transporte público para estudar, trabalhar ou aceder a serviços de saúde, obrigando muitos a recorrer a soluções alternativas dispendiosas, como táxis ou deslocações a pé.
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