Portugal

Greve da CP termina com 30 comboios Intercidades suprimidos

Notícias de Coimbra com Lusa | 56 minutos atrás em 13-11-2025

 A greve parcial dos revisores e do pessoal das bilheteiras da CP, que começou em 03 de novembro e hoje termina, levou à supressão de 30 comboios Intercidades, de acordo com o Sindicato Ferroviário da Revisão Comercial Itinerante (SFRCI).

Num comunicado, a estrutura sindical indicou que “durante o período de greve, foram suprimidos cerca de 30 comboios Intercidades”, uma situação que considera teria sido “evitável, caso a Administração tivesse demonstrado verdadeira vontade de resolver os problemas identificados”.

“O SFRCI reafirma a sua postura sindical responsável e de boa-fé ao longo dos últimos 27 meses, em contraste com a atitude de incumprimento e falta de diálogo por parte da Administração da CP”, indicou.

PUBLICIDADE

O sindicato lembrou que os principais motivos da greve são o “incumprimento do acordo celebrado em 25 de julho de 2023, designadamente na parte referente à humanização das escalas de serviço”, além de questões que considera “graves” de segurança, como “comboios com dimensão superior ao comprimento das plataformas, dificultando o embarque e desembarque em segurança e sobrelotação de composições, com passageiros obrigados a viajar de pé, inclusive nos serviços Intercidades”.

A estrutura critica ainda a “resposta tardia a avarias denunciadas pelos revisores, sobretudo em carruagens que circulam nos comboios Intercidades”.

A CP garantiu, no início da greve, “cumprir integralmente o acordo laboral” celebrado com o sindicato e rejeitou qualquer falha de segurança, assegurando que “todas as intervenções de manutenção são executadas de acordo com o Manual de Manutenção”.

Por sua vez, o sindicato contesta a posição da operadora, quando diz ter cumprido o acordo relativo às escalas, afirmando que “não corresponde à realidade”.

Além disso, a CP “garante não colocar a segurança dos clientes em causa, mas continua a operar comboios com dimensão superior às plataformas das estações” e “afirma cumprir os planos de manutenção programados, o que não está em causa”, salientou.

Para o sindicato, “o problema é a demora na intervenção em avarias imprevistas, que permanecem sem reparação atempada”.  

“Nada disse [a CP] sobre a sobrelotação dos comboios Intercidades, o que é, para nós, uma admissão tácita da veracidade da denúncia” e “refere ter contratado 28 revisores em 2025, mas omite quantos se aposentaram, transitaram para outras categorias ou deixaram de exercer funções por motivos de doenças profissionais”.

“O Conselho de Administração afirma estar disponível para dialogar com o SFRCI, contudo, ignora o pedido de reunião apresentado em 27 de agosto de 2025, ao qual ainda não respondeu”, rematou.

PUBLICIDADE

publicidade

PUBLICIDADE