O Governo diz acreditar num acordo com os camionistas, com quem se volta a reunir na segunda-feira, e acrescenta que, das duas associações do setor, chegou a um acordo de princípio com uma.
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Segundo o secretário de Estado das Infraestruturas, Guilherme d’Oliveira Martins, o acordo de princípio com a Associação Nacional de Transportes Públicos Rodoviários de Mercadorias (ANTRAM) contempla a criação de uma linha de crédito para os transportadores, “que permite uma antecipação no pagamento das faturas”.
O acordo contempla ainda a subida do limiar do gasóleo profissional dos 30 mil para os 35 mil litros, “uma medida que tem sido reivindicada” pela classe, disse o secretário de Estado, no âmbito de uma declaração que fez no Ministério do Planeamento e das Infraestruturas a propósito de uma greve de ferroviários marcada para segunda-feira.
A Lusa tentou, sem sucesso, obter declarações da ANTRAM.
Já hoje o presidente da Associação Nacional das Transportadoras Portuguesas (ANTP), Márcio Lopes, tinha dito à Lusa que os associados “renunciam” à proposta apresentada pelo Governo, classificando-a como “vaga” e sem “cabimento”, não descartando a possibilidade de continuar a luta.
“Os associados, [que estiveram reunidos este sábado], na sua totalidade, renunciaram a proposta do Governo, que não tem cabimento. O que [o executivo] pondera fazer é vago, pois não apresenta medidas concretas para o setor”, disse Márcio Lopes, em declarações à Lusa.
“O Governo tem até dia 15 para fazer a sua parte, depois vamos ver”, disse.
Em 28 de maio, os camionistas iniciaram uma ação de protesto que incluiu a paralisação da circulação e marchas lentas, que, no entanto, não teve muita adesão.
Nas palavras do secretário de Estado, em conjunto com a ANTRAM e com a ANTP vai ser possível chegar a uma solução.
“Acredito que dentro dos constrangimentos orçamentais conseguiremos chegar a uma solução”, disse.