Cidade

Governo questionado sobre encerramento de Coimbra A e retirada de carris até Coimbra B

Notícias de Coimbra | 5 anos atrás em 19-07-2019

O PCP quer saber se o Governo confirma o encerramento da estação de Coimbra A e o desmantelamento da ferrovia até CoimbraB, na linha do Norte, argumentando que essa decisão deixa a frente ribeirinha à mercê da especulação imobiliária.

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Numa pergunta subscrita pela deputada Ana Mesquita e enviada hoje ao ministério das Infraestruturas e da Habitação, tutelado por Pedro Nuno Santos, o PCP afirma que “há um sério risco que este encerramento da Estação Nova [nome pelo qual é conhecida a estação de Coimbra Cidade] e o desmantelamento da própria ferrovia até Coimbra-B deixem à mercê dos interesses especulativos uma frente ribeirinha com mais de dois quilómetros de comprimento, muito apetecível aos interesses privados”.

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Na pergunta, os comunistas lembram ainda “a necessidade de cumprir” uma resolução aprovada no Parlamento em 2016, que recomendava ao Governo a extinção da empresa Metro Mondego, a devolução do seu património ao domínio público ferroviário e municipal, e a reposição, modernização e eletrificação do ramal ferroviário da Lousã.

No texto, Ana Mesquita questiona ainda se o Governo assume “a responsabilidade política pelo processo de desmantelamento do ramal da Lousã e por mais uma ação nesse sentido”, e pretende saber que medidas irá o Ministério das Infraestruturas e Habitação tomar “para travar” o que sustenta ser um “atentado aos interesses da população e ao serviço público ferroviário”.

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No documento, o PCP lembra que o edifício da Estação Nova de Coimbra foi construído entre 1925 e 1931 “para rematar o final do ramal ferroviário entre esta e a Estação Velha [Coimbra-B], terminado em 1884”, e que o prédio é Monumento de Interesse Público desde 2013.

“A decisão de encerramento reduz ainda mais a possibilidade de ligação do ramal da Lousã à rede ferroviária nacional. Além disso, em cima dos milhões já gastos no ramal da Lousã [para instalação de um metropolitano de superfície, depois substituído por um sistema de autocarros elétricos], o recurso a autocarros em substituição do comboio implica o gasto de mais de 90 milhões de euros”, referem os comunistas.

“Metade dessa verba seria suficiente para repor e eletrificar a linha ferroviária, reaproveitando o material circulante existente na CP”, argumenta o PCP.

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