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Governo não soube que CGD ia vender participação na PT

Notícias de Coimbra | 10 anos atrás em 25-10-2013

 O secretário de Estado das Infraestruturas, Transportes e Comunicações, Sérgio Monteiro, afirmou hoje que não teve “qualquer informação prévia” sobre a decisão da Caixa Geral de Depósitos (CGD) de vender a sua participação na PT.

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“No caso da secretaria de Estado com a tutela das Comunicações, não tínhamos a informação prévia dessa decisão”, afirmou o governante em declarações aos jornalistas à margem do colóquio “A Nova Lei-Quadro das Entidades Reguladoras”, organizado pelo CEDIPRE – Centro de Estudos de Direito Público e Regulação da Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra.

“Nem tínhamos que ter”, fez questão de acrescentar, depois de sublinhar que não podia responder pelo “Governo como um todo.

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A CGD saiu na quinta-feira da estrutura acionista da Portugal Telecom (PT), em que era o terceiro maior acionista, com a venda dos 6,11% que detinha na empresa por 190,6 milhões de euros.

Quando foi conhecida a intenção de venda da CGD, o presidente executivo da Portugal Telecom, Henrique Granadeiro, disse, em declarações ao Jornal de Negócios, que se sentia triste por “ver alguns indivíduos e instituições a desistir de Portugal”. O jornal já tinha noticiado, sem citar fontes, que a administração da Portugal Telecom considerou “inoportuna” a venda das ações pela CGD, quando está a ser negociada a fusão com a brasileira Oi, sendo suscetível de “enfraquecer a posição portuguesa”.

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Em reação, o vice-presidente da CGD, Nuno Fernandes Thomaz, interpelado sobre o tema numa cerimónia de entrega de prémios, sublinhou que o banco público “não” desistiu do país e que, pelo contrário, o banco “aposta ainda mais no país” através do enfoque no financiamento às empresas.

Ainda na declaração enviada à Lusa, a CGD relembrou que a alienação da participação na PT se insere na estratégia de venda de ativos não estratégicos seguida desde 2011, com a intenção “de se focar no seu negócio e de alienar todas as participações que detinha em empresas não financeiras”.

“Com esta alienação, a CGD dá mais um passo no sentido de, igualmente, cumprir as obrigações que decorrem do memorando de entendimento celebrado entre o Estado Português e a ‘troika’, bem como das exigências do seu plano de reestruturação”, acrescenta o banco público.

O banco liderado por José de Matos disse ainda que a operação “superou” as suas expectativas ao vender “uma participação relevante com um desconto significativamente menor do que a média do mercado”.

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