Região

Governo em Vilar Formoso à procura de emigrantes

Notícias de Coimbra | 1 ano atrás em 29-07-2023

Durante duas décadas, Lurdes Abreu, de 27 anos, ex-emigrante em França, fez a viagem de carro para Portugal e hoje, enquanto presidente da associação de lusodescendentes Cap Magellan, participou na fronteira de Vilar Formoso na campanha de sensibilização rodoviária da organização.

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À medida que se aproximam os carros com a matrícula de França, Suíça, Alemanha, Luxemburgo ou Grã-Bretanha, os voluntários da associação entregam sacos com conselhos de prevenção rodoviária, saúde ou prevenção de fogos florestais.

“Eu sei o que é regressar. Já fiz o caminho tantas vezes com os meus pais, sei quais são os perigos, são muitas horas de viagem, é um caminho muito cansativo… o meu pai não queria fazer as pausas, não queria trocar com a minha mãe”, recordou, em declarações à agência Lusa, Lurdes Abreu, presidente da associação responsável pela campanha “Sécur’été 2021 – Verão em Portugal”.

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A missão é alertar para os cuidados a ter, mas também, por exemplo, prestar informação sobre alterações legislativas em Portugal e riscos a evitar.

Na campanha na fronteira do concelho de Almeida, distrito da Guarda, participaram os secretários de Estado das Comunidades Portuguesas, Paulo Cafôfo, a secretária de Estado do Desenvolvimento Territorial, Isabel Ferreira, a secretária de Estado da Proteção Civil, Patrícia Gaspar, e o secretário de Estado da Segurança Social, Gabriel Bastos.

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Aproximando-se da janela de um automóvel para se apresentar, Patrícia Gaspar perguntou como correu a viagem, para onde a família se dirigia e como estava o trânsito no caminho, pedindo “a máxima atenção na estrada” e cuidado com possíveis ignições que possam originar incêndios.

“Queremos que regressem das férias só com boas memórias. Posso contar com a vossa ajuda e que passem a palavra aos familiares e amigos?”, questionou, repetidamente, a secretária de Estado da Proteção Civil.

Num dos veículos, o motorista emocionou-se ao chegar à fronteira e a voz embargada apenas lhe permitiu expressar-se por gestos.

“Quando atravessam a fronteira, é também uma parte do país que regressa”, disse o secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, a uma outra família.

Sem filas, foram já muitos os carros a chegar para as habituais férias no local de origem, alguns a pararem alguns metros à frente, para tirarem uma fotografia junto à placa com a indicação de que entraram em Portugal.

A secretária de Estado do Desenvolvimento Regional, Isabel Ferreira, entre um e outro carro a que a GNR dava indicação para parar, vincou a importância de divulgar os programas do Governo de incentivo a quem quer regressar, investir ou estudar no país de origem, mas também “ter a oportunidade de conversar com os emigrantes, que estão fora do país, e perceber o seu estado de alma, quais são as expectativas quando regressam a Portugal e também qual é o interesse que terão em regressar definitivamente”.

Alguns quilómetros à frente, na primeira estação de serviço na A25, decorreu outra ação de receção aos emigrantes, promovida pela revista Comunidades, com a presença dos quatro secretários de Estado, que incidiu na promoção do Programa Regressar e em informações de prevenção rodoviária.

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