O governo decidiu na quinta-feira adquirir dois ‘kits’ de combate aos incêndios para equipar aeronaves militares C130 que estiveram em manutenção, para terem melhor operacionalidade, afirmou o primeiro-ministro Luís Montenegro.
“Nós temos a obrigação de, todos os dias, podermos aprimorar as respostas e poder ir mais longe, e foi isso que fizemos com a decisão que hoje tomámos de adquirir dois ‘kits’ que vão dotar as aeronaves C130 com a possibilidade de também colaborarem no combate a incêndios florestais”, anunciou Luís Montenegro.
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O primeiro-ministro afirmou aos jornalistas que se tratam de “aeronaves que ainda estão com toda a plenitude da sua utilização, algumas delas saíram mesmo das oficinas gerais de aeronáutica com redobrada capacidade, por terem tido precisamente operações de manutenção e de revitalização que lhes deram melhores condições de operacionalidade”.
“E continuaremos a fazer e a tomar todas as medidas que possam reforçar todo o dispositivo, quer do ponto de vista humano quer do ponto de vista técnico e operacional”, acrescentou.
Luís Montenegro sublinhou que, este ano, Portugal tem “o maior dispositivo de sempre em prontidão para poder ocorrer a todas as ocorrências”, com o desejo seja que os incêndios sejam em menor número possível, com menor impacto e dimensão”.
“Agora há coisas que não dominamos e aquilo que compete ao governo e aos poderes públicos é poder dar a resposta necessária nos momentos de maior aflição e de maior crise”, justificou.
O governante falava aos jornalistas à margem da inauguração da 633.ª edição da Feira de São Mateus, em Viseu, na noite de quinta-feira.
Este ano, contrariando a tradição, não houve fogo-de-artifício, devido ao estado de alerta.
O presidente da Câmara Municipal de Viseu, Fernando Ruas, justificou a ausência do fogo-de-artifício no ato da abertura e o público aplaudiu.
O primeiro-ministro agradeceu a compreensão, lembrando que “o sentido de responsabilidade e de unidade do país na prevenção e combate é de todos”.
Luís Montenegro mostrou “gratidão” e enalteceu “a dedicação de todos quantos combatem os incêndios” e prometeu que, “muito breve, à semelhança do ano passado, chegarão apoios a todos quantos sofreram com os incêndios e viram as suas agriculturas seres destruídas”.
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